ST 18 - Sesso 1 - Sala 18 - Dia 16/09/2020 das 14:00 s 18:00 k6n1d
Local: Sala 18
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Valesca Gomes Rios (Governo do Estado do Cear)
As crianas em geral so muito sugestionveis: As questes de imaginao e imitao no debate sobre os efeitos da televiso sobre a criana, na dcada de 1970.
Resumo:Na dcada de 1970, a televiso se difundiu na soci...
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Resumo:Na dcada de 1970, a televiso se difundiu na sociedade brasileira e intensificou o debate de quais os problemas que aquela nova tecnologia poderia trazer. As crianas, por estarem ainda em processo de formao fsica e cognitiva, estariam sujeitas a uma srie de problemas como a m formao dos ossos, desenvolvimento de cries, problemas de viso etc. Alm disso, o o infantil ao contedo televisivo no significaria a compreenso do que estava assistindo. Desse modo, as crianas no seriam capazes de distinguir o que era real e o que era fantasia. Muitos dos discursos sobre o assunto na poca apontam a imaginao se perdendo em funo da imitao de atitudes (negativas) incentivadas pela TV. Este trabalho tem por objetivo analisar o debate sobre a capacidade de compreenso das crianas acerca do que se assistia. Para isso, tambm necessrio refletir sobre o que se entendia sobre imitao e imaginao. Para tal anlise, sero utilizados como fontes processos de censura do Diviso de Censura de Diverses Pblicas (DCDP); Manual Bsico, da Escola Superior de Guerra; peridicos e textos acadmicos da rea da psicologia. A influncia das imagens sobre o telespectador, em especial sobre a criana, ainda em formao, vista como prejudicial, uma vez que, discutia-se na poca a ividade das pessoas perante o que se assistia. A criana no conseguiria distinguir o que fico e o que realidade. Alm disso, a vida adulta seria apresentada muito cedo, comprometendo a inocncia infantil. Por outro lado, o que se assistia colaboraria com a formao do cidado e, desse modo, tambm se tornava interesse da Ditadura Militar pensar a TV e a programao para as crianas. Portanto, nos interessa as tenses entre diferentes abordagens em torno das questes da sujeio da infncia aos fluxos televisivos e seus efeitos.
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Elton Gleyson Oliveira da Silva (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
No matem as minhas crianas": o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua e enfrentamentos s vtimas fatais (Recife, 1991)
Resumo:Desigualdade e violncia so as causas de um fenm...
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Resumo:Desigualdade e violncia so as causas de um fenmeno que se tornou tpico na sociedade brasileira, especialmente nas trs dcadas finais do sculo XX: o extermnio de crianas e adolescentes em situao de rua. Nosso trabalho justifica-se por uma compreenso desse forte processo de banalizao e precarizao (BUTLER, 2019) da vida de crianas e adolescentes em situao de rua. Para essas crianas e adolescentes destinada uma poltica da morte (MBEMBE, 2018). So sobre esses quadros de extermnio que iremos nos debruar nesse trabalho. Partiremos da ao do Estado brasileiro atravs de uma Comisso Parlamentar de Inqurito (I), fruto das reivindicaes e denncias da sociedade civil organizada e de seus movimentos sociais, como o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, e de setores progressistas de denominaes religiosas, que foi destinada a investigar o extermnio de crianas e adolescentes no Brasil. A I foi inaugurada na Cmara dos Deputados em maio de 1991. Analisaremos como a mdia pernambucana, principalmente aquela ligada chamada grande imprensa, tratou em suas pginas sobre a instituio, os trabalhos e a vinda da I ao Recife, em setembro de 1991, e tambm como essa noticiou a participao dessa mesma sociedade civil organizada e de seus movimentos sociais nesse processo. Escolhemos o Jornal do Commercio (JC), um jornal com grande circulao em Recife e Regio Metropolitana, dirigido aos setores sociais mais abastados da sociedade pernambucana. Pudemos observar que o JC acompanhou de perto a situao de extermnio de crianas e adolescentes em situao de rua em Recife, como tambm evidenciou o protagonismo da sociedade civil organizada e dos seus movimentos sociais, mostrando que eles denunciaram a situao e estiveram presentes em todos os momentos da I. Outra questo importante observada que a sociedade pernambucana e seus governantes conheciam a situao e tinha cincia das propores que estava adquirindo o extermnio de crianas e adolescentes em situao de rua, principalmente no Recife, como tambm tinha conhecimento sobre a participao direta e indireta de agentes estatais nas prticas criminosas. Por fim, as pginas do Jornal do Commercio nos indicam que a I foi um momento no apenas para discutir o extermnio, mas para debater, em nvel nacional, a situao de meninos e meninas em situao de rua. Esses, tinham uma vida muito difcil nas ruas das grandes capitais brasileiras, como Recife, onde eram expostos violncias, doenas e fome. O Extermnio a ltima etapa de um processo de negao de direitos e de no reconhecimento da vida desses meninos e meninas em situao de rua.
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Gabriel Chaves Amorim (CAPES)
O que as juventudes indgenas trazem consigo? : Referncias que compem os projetos-de-vida emancipadores.
Resumo:As juventudes indgenas possuem suas prprias conc...
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Resumo:As juventudes indgenas possuem suas prprias concepes e percepes sobre o que e como se d, o planejar a vida. Esses planos podem ser entendidos como os projetos-de-vida. O uso do hfen se relaciona com o conceito de forma-de-vida, pensado em Giorgio Agamben (2015), como uma manifestao de vida que no se separa da forma. A forma nesse sentido a manifestao de vida peculiar hegemnica. Esse trabalho apresenta a conceituao de referncias como constituinte dos Projetos-de-vida para a Forma-de-vida (Agamben, 2015) indgena. O projeto-de-vida indgena tem como constituintes: So constituintes do Projeto-de-vida para a Forma-de-vida indgena: Um problema persistente que a colonialidade. O objetivo que continuar na histria, sobretudo, no presente. Uma forte justificao que fazer emergir no tempo presente algo que a modernidade sacralizou ao ado. Possui um caminho, um meio ou forma de subsistir. E na minha opinio a mais importante dos componentes do projeto-de-vida so as Referncias, aquilo que a pessoa traz consigo, objeto do presente artigo. Constituinte do projeto-de-vida, as Referncias, aquilo que a pessoa traz consigo que molda a percepo da experincia e da realidade histrica, dizem respeito ao conjunto memorial da comunicao-da-vida, proposta por Valentim Volchinov (2017). So elementos do mundo extralingustico, real ou imaginrio, ao qual remete aos signos lingusticos do projeto-de-vida dos indgenas latino-americanos. As referncias do projeto-de-vida relacionam as memrias de resistncia com o contexto problemtico da colonialidade. Submete a significao do mundo forma-de-vida. Sujeita as categorias coloniais ao esvaziamento e inoperncia. A palavra em si neutra, podendo ser preenchida com significado ideolgico. Nesse caso, o signo criado por uma funo ideolgica especfica e inseparvel dela. J da palavra neutra em relao a qualquer funo ideolgica especfica. Ela pode assumir qualquer funo ideolgica: cientfica, esttica, moral, religiosa. Neste sentido a categoria Juventude Indgena deve ser compreendida com base nas referncias contextuais da comunicao-da-vida. Essa acepo que rompe com o padro hegemnico gera outros problemas menores, como a percepo de trabalho infantil, casamento juvenil e gravidez precoce, contudo, podem ser prprias do contexto. Destarte de tais pressupostos tericos balanados em Giorgio Agamben (2006, 2007, 2015, 2017) Boaventura de Sousa Santos (2002), Michel Foucault (1987), Valentim Volchinov (2017) apresentado uma definio do significado de referncias, em especial para as juventudes indgenas.
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Vera Lcia Braga de Moura (SE/PE- Secretaria de Educao de Pernambuco)
O Bem Querer: habilidades socioemocionais desenvolvidas com adolescentes
Resumo:Esse estudo faz parte de um projeto que vem sendo ...
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Resumo:Esse estudo faz parte de um projeto que vem sendo desenvolvido com estudantes da Educao Bsica na Rede Estadual de Ensino de Pernambuco. Questes socioemocionais amparadas na Base Nacional Comum Curricular BNCC compem o projeto Bem Querer vinculado Secretaria de Educao de Pernambuco, atravs da Secretaria Executiva de Desenvolvimento da Educao-SEDE/Gerncia de Polticas Educacionais de Educao Inclusiva, Direitos Humanos e Cidadania-GEIDH. Esse projeto visa subsidiar os estudantes acerca da importncia de conhecer as suas emoes e como lidar com as mesmas. Essa habilidade em conhecer e aprender a lidar com suas emoes contribu para convivncias mais saudveis e responsveis , como tambm, proporciona sade emocional e mental para os estudantes. Os estudantes atravs do projeto Bem Querer desenvolvem o protagonismo estudantil atuando em um ncleo de convivncia formado com vinte estudantes e dois professores orientadores. Um titular e outro suplente. Esse Ncleo de Convivncia formado com a participao ativa de toda comunidade escolar. A escola mobilizada, a por um processo de eleio e os estudantes votam nos colegas que melhor lhes representem para comporem o ncleo de convivncia. Aps o ncleo formado, os estudantes e professores orientadores am por formaes continuadas da equipe da Secretaria de Educao do Estado. A orientao que os estudantes que compem o ncleo de convivncia elaborem o estatuto que ir reger o ncleo e criem um documento com as normas de convivncias que devem pautar os comportamentos e atitudes de todos os atores da comunidade escolar, visando convivncias ticas, saudveis e cidads. Dessa forma, o Projeto Bem Querer busca desenvolver nos adolescentes conscincias ticas, respeitosas, afetuosas e acolhedoras. A escuta qualificada o eixo estruturante do projeto Bem Querer .
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Heliwelton do Amaral Clemente (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
O Grito dos Meninos e Meninas de Rua: denncias e reivindicaes de crianas e adolescentes no Recife (1988-1990)
Resumo:O Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (...
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Resumo:O Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) uma organizao no governamental fundada em 1985, composta por militantes, educadores sociais e meninos e meninas que se articulam politicamente em defesa dos direitos de crianas e adolescentes que vivenciam diferentes formas de abandono. O Grito de Meninos e Meninas de Rua um jornal que foi organizado pelas prprias crianas e adolescentes do Movimento junto com educadores sociais, sua produo era caracterstica do MNMMR de Recife e revela muitos aspectos sociais da cidade. O objetivo do trabalho analisar a produo do jornal do seu incio at a promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), mais especificamente, as nove edies mais antigas que catalogamos que vo desde a primeira, que marca a fundao do peridico em agosto de 1988, at a de junho de 1990, que representa a mais prxima da promulgao do ECA. O jornal representou um instrumento de reivindicao de demandas, denncia de violncia e possibilitou que registrassem atividades e encontros com outras entidades. No perodo analisado, a maioria das matrias so denncias de comportamentos arbitrrios e violentos da Polcia Militar e de membros da sociedade civil, outro tipo de notcia tambm muito recorrente eram as reivindicaes polticas, demonstrando insatisfao com o Cdigo de Menores e fazendo parte de uma luta por uma mudana no panorama legal do pas, questo que demandou o empenho da instituio nos seus primeiros cinco anos de existncia. Alm do estudo das edies recorremos a obra de Adriano Janssen, que foi redator-chefe do jornal no nosso recorte temporal, para analisarmos O Grito - como era popularmente conhecido - enquanto prtica educativa desde seu processo de elaborao. Investigando o jornal identificamos caractersticas do Movimento enquanto responsvel pela publicao e o discurso do mesmo em relao reivindicao de suas demandas. As notcias nos trazem elementos de como essas crianas e adolescentes se articulavam junto aos educadores e como era o comportamento da sociedade Recifense para com esses meninos e meninas em fins da dcada de 1980.
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Lucas Paes do Amaral (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
As infncias e a cidade: o protagonismo de crianas e adolescentes nos movimentos sociais por moradia
Resumo:INTRODUO
Os movimentos sociais podem ser defini...
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Resumo:INTRODUO
Os movimentos sociais podem ser definidos como grupos de indivduos que se renem com certos objetivos, e mobilizam a sociedade para a incidncia sobre o Estado e suas aes (polticas pblicas). Diante disso, levantamos como indagao deste trabalho: como as infncias dos movimentos por moradia digna atuam de forma a fazerem-se protagonistas sociais, e qual pedagogia manifesta no embate pelo direito cidade?
Focalizamos esta pesquisa na ocupao Selma Bandeira, na cidade de Jaboato dos Guararapes-PE, que conta atualmente com 31 famlias, pretendendo como objetivo, destacar o protagonismo de crianas e adolescentes na organicidade do movimento social pela efetivao do direito fundamental social moradia.
METODOLOGIA:
Perfazemos uma pesquisa do tipo descritiva, na qual situamos como sujeitos estudados, crianas e adolescentes da ocupao Selma Bandeira.
Na primeira fase do estudo fizemos um levantamento bibliogrfico que buscasse definir a participao e o protagonismo infanto-adolescente nos processos de ocupaes; enquanto que, na segunda fase, levantamos os dados com crianas e adolescentes acerca do protagonismo e participao na organicidade da ocupao por meio de entrevistas semiestruturadas. Por fim, analisamos os dados balizados pela Teoria da Anlise de Contedo (BARDIN, 1977).
RESULTADOS E DISCUSSO:
A moradia no est listada diretamente no rol dos direitos anunciados pelo Estatuto da Criana e do Adolescente, mas ela condio para assegurar as infncias possam viver com segurana, paz e dignidade e se desenvolver com integralidade. Tambm foi possvel aferir que existe o reconhecimento do protagonismo infanto-adolescente na gesto da ocupao, de modo a serem considerados essenciais na reivindicao de direitos. Ali, h 29 crianas e 24 adolescentes. Reconhecemos, que so sujeitos plurais mesmo imbricados na mesma realidade de excluso social ou como partcipes de movimento comum. Alm da luta por moradia, pautam sua luta especialmente por reinvindicao por sade, educao, alimentao e reas de lazer.
CONSIDERAES:
Conhecer a realidade de vida das mltiplas infncias essencial para entender os desafios proteo integral, alm disso, reconhecer as configuraes das relaes humanas e sua construo em espaos polticos essencial para redescobrir as infncias de Pernambuco.
REFERNCIAS:
BARDIN, Laurence. Anlise de contedo. LISBOA: Edies 70, 1977.
BRASIL. Estatuto da Criana e do Adolescente. Lei Federal 8.069 de 13 de julho de 1990,
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Allan Alves da Mata Ribeiro (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
Relaes de gnero e medidas socioeducativas: uma anlise de normativas que orientam a educao escolar de adolescentes em privao de liberdade
Resumo:O presente trabalho analisou as relaes de gnero...
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Resumo:O presente trabalho analisou as relaes de gnero inscritas em normativas que orientam a educao escolar no mbito da medida socioeducativa de privao de liberdade. Como fontes principais, mobilizamos a Proposta Pedaggica para os Centros de Atendimento Socioeducativo (CASEs) do Estado de Pernambuco e a Instruo Normativa SEE/PE n 06/2012, publicada no Dirio Oficial do Estado. Implementadas em 2012, essas normativas objetivaram estruturar uma poltica educacional especfica para estudantes em cumprimento de medida socioeducativa de privao de liberdade. Em Pernambuco, a organizao das prticas escolares desenvolvidas nos CASEs acompanhada pela Secretaria de Educao do Estado em articulao com a Fundao de Atendimento Socioeducativo (FUNASE), rgo responsvel pela execuo das medidas socioeducativas de restrio e privao de liberdade e vinculado Secretaria de Desenvolvimento Social, Criana e Juventude (SDSCJ). Quanto ao referencial terico-metodolgico, mobilizamos o gnero como categoria analtica. Pensado com Joan Scott (1994, 1995), compreendemos as relaes de gnero como forma, varivel e historicamente situada, de significar as assimetrias de poder. Crticos de uma abordagem pretensamente universal das relaes de gnero, nos aproximamos do debate interseccional. Conceito apresentado pela pesquisadora Kimberl Crenshaw (2002, 2012, 2017) e advindo do feminismo negro, a interseccionalidade opera nas convergncias e (re)articulaes entre os marcadores de gnero, classe e raa. Nessa perspectiva, ao observar normativas que orientam escolas da rede pblica constitutivas do atendimento socioeducativo de jovens e adolescentes em conflito com a lei, concordamos com Carla Akotirene (2018) sobre a necessidade de investigar discriminaes que fluem em ateno a identidades interseccionais. Argumentamos que a sensibilidade interseccional permite ainda desestabilizar o que Flvia Rosemberg (1996) assinalou como paradigmas tericos centrados no adulto. Conclumos que as relaes de gnero, associadas ao campo das Cincias Humanas e suas tecnologias, so vagamente exploradas pelas normativas. Observando a linguagem como campo de significao implicado nas relaes de poder, destacou-se o uso do masculino genrico, como salientado por Vianna e Unbehaum (2004), rearticulando estratgias de silenciamento e invisibilidade das diferenas historicamente construdas, fortemente presentes na sociedade brasileira e no mbito socioeducativo.
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Emanuele Dias Lopes (PROFESSORA)
Cidade/s, crianas e o ensino de histria: de que histria falamos?
Resumo:Trata-se de uma dissertao de mestrado desenvolvi...
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Resumo:Trata-se de uma dissertao de mestrado desenvolvida no Programa de Ps-Graduao em Educao PPGEdu, na Universidade Federal do Rio Grande FURG, defendida no ano de 2018. Tendo como ttulo O ensino da cidade para crianas em perspectiva: olhares sobre materiais didticos utilizados por professoras dos anos iniciais e como problema de pesquisa: Qual/is cidade/s /so apresentada/s s crianas dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental? Com uma diviso/desdobramento que nos ajudaram na organizao do material de empiria: 1. Quais foram os materiais didticos que professores dos Anos Iniciais utilizam na rede municipal para ensinar a cidade? Que critrios foram usados nessa escolha? 2. Que fontes e concepes permearam esses materiais didticos? 3. As crianas apareceram como sujeitos de suas geografias e histrias? Como produtoras de territrios? Seus espaos vivenciais foram considerados como parte da cidade? O objetivo geral foi compreender a concepo de cidade apresentada s crianas nos anos iniciais do ensino fundamental. Esta pesquisa foi divida em trs fases, a primeira fase foi caracterizada pelo questionrio aberto e registros de notas dos professores pesquisados, na segunda fase foram coletados os materiais didticos/ empricos e na terceira fase classificamos e analisamos os materiais didticos. A pesquisa pautou-se em uma abordagem qualitativa valendo-se de documentos e entrevistas e utilizando como metodologia a anlise de contedo, proposto por Laurence Bardin (2012). A concepo histrica presente em materiais didticos enfatizava aspectos positivistas e elitistas (a histria nica e oficial). Embora esforo de professores e alguns projetos em que as crianas interagiam com o local, a/s cidade/s das e para as crianas ainda carece de corporeidade, a julgar pela amostra, e ratifica os enormes desafios, para o reconhecimento dos pequenos como sujeitos de direito. Atravs da metodologia, conseguimos responder os questionamentos, sendo possvel identificar que a escola apresentada aquelas crianas foi de cunho histrica, desde sua fundao a questes voltadas ao patrimnio cultural da cidade, conseguimos perceber que as professoras precisavam organizar um material didtico para falarem sobre a cidade, considerando que no havia nenhum material oficial disponvel para sulear o trabalho delas e, assim ajudar no dilogo de uma cidade que fosse alm da histrica.
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ST 18 - Sesso 2 - Sala 18 - Dia 17/09/2020 das 14:00 s 18:00 3d83v
Local: Sala 18
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Bruna Conceio de Jesus
"Meninas de casa, criadas da famlia " : a presena do trabalho infantil domstico na cidade de Ilhus- Ba (1927 a 1943).
Resumo:O presente trabalho faz parte de um projeto de mes...
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Resumo:O presente trabalho faz parte de um projeto de mestrado em andamento, linha de pesquisa: Experincia do atlntico e da dispora africana: identidade, cultura e sociedade, o projeto intitulado "Meninas de casa, criadas da famlia " : a presena do trabalho infantil domstico na cidade de Ilhus _ Ba (1927 a 1943). Seu foco principal analisar as relaes da dispora africana com as vivncias de crianas negras e pobres que serviam como empregadas domsticas em casa de famlia na cidade de Ilhus-Ba, buscando identificar as heranas do processo de escravido na realidade das crianas negras no Brasil. O recorte temporal delimitado a partir da promulgao do cdigo de menores de 1927, que foi o primeiro instrumento destinado a proteo da infncia no Brasil, at a consolidao das leis trabalhistas em 1943. O interesse por analisar as relaes que envolvem o trabalho infantil domstico, surge a partir do contato com autores que sem propem a discutir o campo da histria social, especialmente a histria daqueles sujeitos que por muito tempo tiveram suas vivncias e experincias marginalizada pela historiografia tradicional. E. P Thompson em seu livro Costumes em comum , busca da visibilidade a esses indivduos por meio de uma anlise crtica de como as camadas populares sem movimentam e, dessa forma, escrevem sua prpria histria. (THOMPSON, 1998). Contudo saliento que as inquietaes para as quais se buscam respostas peram as vivncias pessoais da pesquisadora enquanto mulher e negra, alm de sua relevncia acadmico-cientifica e social. A pesquisa utiliza -se de fontes jornalsticas, especialmente o Jornal Dirio da Tarde de Ilhus, com intuito de identificar em seus anncios a presena do trabalho infantil domstico na cidade, atentando para as questes de cor, gnero e condio social das crianas; para alm disso, investiga- se tambm a importncia das legislaes brasileira destinada a proteo da infncia e a regulamentao do trabalho em nosso pas.
Palavras- chave: Infncia, Trabalho domstico, Dispora africana.
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Gustavo Augusto Mendona dos Santos (PREFEITURA DO IPOJUCA)
Histria em tempos de pandemia: os resultados do ensino remoto em jovens e adolescentes durante a crise do corona vrus em 2020
Resumo:Gustavo Augusto Mendona dos Santos
Doutor em His...
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Resumo:Gustavo Augusto Mendona dos Santos
Doutor em Histria pela UFPE
Em 26 de fevereiro de 2020 o Brasil confirmou o primeiro caso do novo corona vrus (SARS-COV-2) em seu territrio, a partir deste momento uma srie de eventos fez com que a epidemia se espalhasse por todo o pas. Em razo da epidemia e visando proteger a sade de estudantes e seus familiares o Estado de Pernambuco proibiu em 18 de maro de 2020 as aulas presencias em instituies de ensino pblicas e privadas, fato este que levou diversos municpios, instituies privadas e o prprio Governo do Estado de Pernambuco a adotar o ensino remoto como modalidade de ensino a ser utilizado durante o perdio da epidemia. Este artigo pretende debater os efeitos da adoo do ensino remoto entre jovens e adolescentes durante a quarentena de 2020, sendo esta anlise focada na matria de Histria e em estudantes de escolas pblicas de Pernambuco. Assim, iremos analisar a capacidade de aprendizagem dos estudantes, os contedos ados pelos professores em comparao com aqueles do planejamento, o engajamento dos jovens durante as aulas online em comparao com o nmero de matriculados, os aplicativos utilizados para a realizao das aulas e interaes com os alunos e, finalmente, buscaremos ver o bem-estar dos estudantes e os efeitos do ensino remoto sobre sua sade mental. Nossa metodologia de pesquisa ser quantitativa, por meio da anlise de formulrios e consultas a documentos oficiais de escolas. Tambm iremos tomar como referncia para a compreenso do ensino de Histria e sua funo social as ideias de Circe Bittencourt sobre a importncia do currculo escolar na prtica do ensino de Histria e suas diferentes abordagens, alm disso seguiremos as ideias de Paulo Freire da necessidade de valorizar a autonomia dos estudantes e de construir o ensino a partir de suas vivncias sociais, sempre tentado valoriz-las.
Palavras-chave: histria, ensino remoto, Pernambuco, corona vrus, resultados.
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Emanuel Bernardo Tenrio Cavalcante (secretaria de educao estado de Pernambuco)
o Ensino de Histria Adultocntrico? O lugar das crianas e adolescentes nas narrativas histrico escolares.
Resumo:A proposta de pesquisar acerca do Ensino de Histr...
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Resumo:A proposta de pesquisar acerca do Ensino de Histria e mais especificamente sobre o lugar que as crianas e adolescentes ocupam em meio as prticas cotidianas da sala de aula, surge como consequncia de um envolvimento pessoal com o tema, no qual se imbricam um projeto de contribuio coletiva representado pela construo de uma educao que seja libertadora e inclusiva e a realizao de aspiraes pessoais marcadas por uma longa trajetria no ensino pblico, atendendo principalmente os filhos das classes populares.
Diante disso, amos a reconhecer que assim como a sociedade se encontra clivada em segmentos de classe, raa e gnero, tambm existe uma seco geracional, que se caracteriza principalmente por centralizar a cultura em torno da figura do adulto. Reconhecer essa compartimentalizao na prpria cultura escolar ainda mais chocante, pois muitas vezes imaginamos que esse espao deveria ser voltado prioritariamente para as crianas e os adolescentes e que estes deveriam ser sujeitos ativos desse processo.
Estimulados por esses encontros e por essas descobertas amos a ter uma preocupao bastante clara com as questes relacionadas com a aprendizagem histrica e com a possibilidade de que em alguma medida a constituio de uma perspectiva de ensino centrada principalmente nas figuras e representaes dos adultos pudesse atrapalhar tanto a compreenso dos contedos histricos, quanto o processo de construo de identidades infantis e juvenis.
amos, portanto a delimitar o nosso problema de pesquisa a partir de um questionamento: em que medida o Ensino de histria com todas as suas dimenses inclusas, narrativas histricas escolares, aulas expositivas, material didtico, debates e representaes de fato Adultocntrico? De que forma as crianas e os adolescentes aparecem na construo das narrativas que so postas em movimento na sala de aula, atravs dos materiais didticos ou das aulas-narrativas construdas pelo professor atravs da oralidade? Ou ainda em que medida essa marginalidade imposta prejudica a aprendizagem dos contedos histricos e de uma conscincia histrica efetiva (RUSEN)?
A percepo que temos que apesar de pontuais referncias, elas ainda continuam sendo elementos alegricos que aparecem nos textos apenas como adereos de enredos maiores que normalmente giram em torno do mundo dos adultos, (CAVALCANTE, 2018).
E para alm do universo da narrativa escrita, consolidada nos livros didticos e paradidticos levantamos a hiptese de que no momento em que os professores vo construir suas aulas, preparando-as e executando-as atravs das explicaes eles constroem uma estrutura que se concentra em modelos adultocentrados, excluindo crianas e adolescentes.
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Ian Lopes de Jesus (UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz)
Juventude, identidades e representaes: O estgio supervisionado como espao de interveno social
Resumo:O presente trabalho tecer reflexes acerca da exp...
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Resumo:O presente trabalho tecer reflexes acerca da experincia do estgio supervisionado no ensino fundamental II com proposta de minicurso. Na ocasio, tivemos a execuo do projeto intitulado Questes Africanas e Afro-Brasileiras: Preconceitos, Identidades e Resistncia, que possibilitou um ambiente de aprendizado e troca de experincias entre os e as estudantes da Escola Municipal Humberto de Campos e os estagirios do curso de Licenciatura em Histria da Universidade do Estado da Bahia Campus XVIII. A observao da relao dos e das estudantes com a questo tnico-racial nos possibilitou entrever mecanismos de produo e reproduo de representaes e esteretipos ligados a frica e a cultura afro-brasileira demonstrando as tenses no processo de construo de identidades, apropriao e reconhecimento.
Durante o ms de novembro de 2014, na Escola Municipal Humberto de Campos, foram realizados minicursos que continham temticas relacionadas a questes tnico-raciais, especialmente referentes a questes africanas e afro-brasileiras em aluso as comemoraes da semana da conscincia negra. Os minicursos tinham por objetivo cumprir funo avaliativa no componente de Estgio Supervisionado II no curso de Licenciatura em Histria da Universidade do Estado da Bahia Campus XVIII. As atividades foram realizadas em quatro dias alternados durante o ms de novembro, com durao de 05h/a cada. Durante o percurso ns, graduandos, tivemos a oportunidade de colocar em prtica os conhecimentos construdos durante a jornada acadmica, alm de ter contato com a prtica docente.
O projeto Questes Africanas e Afro-Brasileiras Preconceitos, Identidade e Resistncia feito em parceria com a discente Jaqueline Conceio, tinha por objetivo abordar aspectos do racismo no Brasil e suas formas de resistncia, alm de trabalhamos com esteretipos construdos sobre o continente africano a partir do filme Madagascar (2005). O projeto proposto, ainda considerou aspectos como antecedentes histricos do racismo, hip hop e adotou metodologias do Teatro do Oprimido para a execuo de algumas atividades.
Desta forma, o presente trabalho se constitui como um relato de experincia do estgio supervisionado, que busca debater ensino de histria, analisando o papel desempenhado pela universidade, pelos universitrios, pela escola e pelos estudantes da educao bsica no processo educacional.
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Adriano Ricardo Ferreira da Silva (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
A Educao para o trabalho e o iderio do civismo: os ginsios em tempos de exceo (1969-1971)
Resumo:Este texto objetiva apresentar uma etapa do trabal...
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Resumo:Este texto objetiva apresentar uma etapa do trabalho de dissertao que ser apresentado ao Programa de Ps-graduao em Histria da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no qual analisamos a histria dos Ginsios Orientados para o Trabalho (GOTs) no estado de Pernambuco (1969-1971). Para Luiz Antnio Cunha (1989), os GOTs tinham como objetivo substituir a proposta ginasial tradicional por equipamentos destinados sondagem de aptides e orientao de crianas e adolescentes para o mundo do trabalho. Tratava-se, portanto, de uma perspectiva tecnicista e utilitarista de Educao, em que, segundo Marlia Fonseca (2009, p. 154), a educao de qualidade se resume ao provimento de padres aceitveis de aprendizagem para inserir o indivduo como produtor-consumidor na dinmica do mercado. Por outro lado, tal proposta procurou desqualificar qualquer perspectiva humanstica, que possibilitasse abertura para o ensino crtico-transformador. Nesta etapa da pesquisa, discutimos sobre como o iderio do civismo, que permeou o discurso e as prticas no perodo, interferiu nas demandas da Educao, inclusive nos ginsios, sobretudo no que tange ao modelo de cidado que se pretendia formar. Como explica Tatyana Maia (2013, p. 201), a noo de civismo era irremediavelmente associada ao fenmeno da cidadania. impossvel investigar o projeto poltico que constitui o civismo sem relacion-lo com o ideal de cidadania. Metodologicamente, o estudo se baseia na anlise de documentos, tendo como fontes principais: Dirios Oficiais da Unio e do estado de Pernambuco; discursos de posse de chefes dos poderes executivos das trs esferas da istrao pblica; alm de peridicos locais. Tais documentos so analisados a partir de referenciais tericos e temticos que norteiam a pesquisa. Os resultados preliminares evidenciam que os GOTs foram apresentados sociedade como parte de um grande projeto de nao, baseado no iderio do civismo, que preconizava a disciplina, a virtude do trabalho e o crescimento da nao, em detrimento das prprias liberdades individuais. Como alerta Foucault (1987, p. 164-165), [...] a disciplina aumenta as foras do corpo (em termos econmicos de utilidade) e diminui essas mesmas foras (em termos polticos de obedincia). Nessa perspectiva, o tema demanda ao historiador uma abordagem que possibilite uma leitura mais crtica da Histria, que possibilite um olhar mais atento sobre as relaes de poder que permeiam as relaes sociais e os interesses em torno da Educao.
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Eduardo Carlos Almeida de Lima (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
Histria da Educao em Prises em Pernambuco
Resumo:Este trabalho tem o objetivo de discorrer a respei...
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Resumo:Este trabalho tem o objetivo de discorrer a respeito da oferta e validao de polticas educacionais voltadas para a oferta da Educao em Prises, em Pernambuco. Assim, a nvel nacional, a Lei de Execues Penais (LEP) - N 7.210/1984 determina que na Educao de Jovens e Adultos em Prises deve ser ofertada, obrigatoriamente, o ensino do 1 grau. A partir disto, a Constituio Federal de 1988 foi um importante marco legal, pois reconhece a Educao como um direito pblico e bsico e assegura liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber (BRASIL, 1988, p. 123). J a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDBEN) - N 9394/1996, no entanto, no contempla a Educao em Prises, superando esta lacuna com o Plano Nacional de Educao PNE, instaurado pela Lei N 10.172/2001. Em Pernambuco, a Educao em Prises oferecida a Pessoa Privada de Liberdade (PPL) dentro das Unidades Prisionais, a partir da parceria/convenio entre a Secretaria de Educao e Esportes (SEE) e da Secretaria de Justia e Direitos Humanos (SJDH) atualizada pela Instruo Normativa Conjunta SEE/SJDH N 001/2019. Portanto, este trabalho trata-se de uma pesquisa ainda em desenvolvimento, de natureza qualitativa e anlise documental, na qual percebemos a necessidade estudos mais aprofundados a respeito da temtica em questo. Nesse sentido, at o presente momento, percebeu-se que alm da Educao Formal, o estado de Pernambuco tambm oferece o Programa Remio de Pena pela Leitura estabelecido pela Portaria Conjunta SJDH/SEE N01/2016, no qual, a partir da leitura de livros, as PPL tm a oportunidade de mais um meio de remio de pena. Alm destas medidas, a Secretaria de Educao oferece formao continuada em servio para professores que atuam em prises, bem como dispe de documentos relativos a oferta e manuteno desta modalidade e sistematizao de saberes oriundos deste ofcio. Apesar de perceber-se um histrico positivo no que tange a oferta e regulao da Educao em Prises, acreditamos que ainda se tem um longo caminho a percorrer para que o o educao por parte do pblico privado de liberdade seja universal e promova a ressocializao e reintegrao sociedade de forma que o torne um cidado em pleno gozo e cincia de seus direitos.
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Isabel Schapuis Wendling (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paran)
Escrita de si na infncia: subjetividades e emoes nas cartas de Serafim Bertaso (1920 a 1922)
Resumo:A troca de correspondncias no incio do sculo XX...
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Resumo:A troca de correspondncias no incio do sculo XX no era uma atividade comum a crianas, devido ao custo do material, a necessidade de um nvel de alfabetizao e tambm a falta de correspondentes ou real necessidade comunicativa. As crianas que tinham o a esse meio de comunicao geralmente faziam parte de uma elite que frequentava instituies privadas geralmente de regime interno. Nessas instituies era comum matrias e momentos ideais acompanhados pelos professores e/ou freiras para a escrita epistolar, pois entendia-se que as crianas no poderiam escrever sem ser vigiado, para que no escrevessem de forma indevida ou sobre assuntos inadequados. Esta pesquisa visa analisar as cartas enviadas pelo menino Serafim Bertaso no perodo em que saiu da casa dos pais em 1920, com 12 anos, para estudar em colgios de regime interno em Curitiba e em So Paulo no Ginsio Anglo-Brasileiro de 1921 a 1922 at seus 14 anos. Sua famlia nesse perodo estava em ascenso social e econmica: seu pai coronel Ernesto Bertaso ex-caixeiro-viajante e imigrante italiano, se tornara em 1918 scio proprietrio da empresa colonizadora Bertaso, Maia e Cia, responsvel pelo processo de compra e venda de terras da regio da atual Chapec, no Oeste Catarinense; e sua me Zenaide Balista, era filha de imigrantes italianos de classe mdia da regio de Bento Gonalves-RS. Como forma de adquirir capital social e cultural, investiram na educao privada catlica para a filha e filhos Elza, Serafim e Jayme Bertaso. Serafim inicia sua troca de correspondncias com os pais, primeiramente de Curitiba-PR, suas cartas eram escritas em dias que visitava familiares na cidade, ele relata em suas cartas o acompanhamento de um primo ou tia no ato de escrita; e depois em 1921 e 1922 quando se mudou para So Paulo, suas cartas am a ser escritas de dentro do colgio sob o olhar rgido dos professores e da instituio. As cartas escritas de fora do colgio interno possuam um tom bastante ntimo e infantil, Serafim ainda no dominava as normas epistolares e sua escrita continha fortes traos de saudades e de lembranas de uma infncia ada com seus amigos e irmos. J as cartas enviadas de dentro do colgio Anglo-brasileiro, possuam um tom mais formal, as cartas que se tornaram uma matria da escola, se tornaram uma forma de relatar o cotidiano e aprendizados do menino Serafim. Dessa forma, esta pesquisa busca nas cartas perceber na escrita de si as subjetividade e traos da infncia do menino, as expresses de sentimentos e opinies, e a relao da funo da carta de crianas para a famlia. Alm disso sero colocadas algumas cartas da irm de Serafim, Elza Bertaso, para contrapor e refletir sobre as relaes de gnero na escrita infantil.
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Patricia Tavares de Arajo (TJPE)
Crise estrutural do Capitalismo e Punitivismo: Para onde caminha a humanidade?
Resumo:O texto reflete sobre a crise do sistema capitalis...
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Resumo:O texto reflete sobre a crise do sistema capitalista e seus impactos na estrutura social, cultural e poltica da sociedade que vem tona no contexto de pandemia do novo Coronavrus. Discute como um modelo centrado na expropriao da fora de trabalho, no aumento da riqueza acumulada, no desmonte dos direitos sociais, na opresso e criminalizao de determinados estratos sociais tem a capacidade de se (re) fazer a cada ciclo histrico de crise. Atravs de alianas firmadas com uma pequena classe dominante, consegue impor o seu projeto hegemnico de predao da vida social, com o expressivo aumento das desigualdades na adoo de prticas punitivas de violncia e de morte populao negra, pobre e perifrica.
Ao ler diariamente matrias jornalsticas e cientficas acerca da crise econmica mundial, uma pergunta vem tona: A pandemia foi suficiente para produzir umas das maiores crises do sistema capitalista vividas na atualidade? Parece um pouco simplista e superficial pensar cartesianamente nesta tese, preciso ir alm da aparncia para a compreenso das condies materiais que (re) produzem as crises cclicas do capitalismo. Sob os auspcios da era moderna, o sistema precisou se reinventar medida que uma nova conjuntura era gestada.
Essa forma de reproduo capitalista impacta sobremaneira os estratos sociais subordinados a ela, seja pela reduo dos postos de trabalho e aumento desenfreado da informalidade como tambm pela criminalizao dessa populao dispensvel ao grande capital.
Sendo o Brasil um pas de extremas desigualdades sociais, visualizam-se em seus grandes centros, uma arquitetura urbana das diferenas. Classes sociais ocupam posies diametralmente opostas dentro do mesmo espao geogrfico, a relao entre pobreza e crime cristalizada na sociedade como uma face da mesma moeda. Neste sentido, medidas de controle e represso fazem parte do aparato estatal que so dirigidas as classes perigosas de negros, mulheres, imigrantes, Trans e LGBTs .
Esse texto busca trazer uma compreenso acerca dessa problemtica partindo de uma breve anlise sobre a crise econmica e suas consequncias para a humanidade. Intenta-se ainda estabelecer uma discusso sobre as medidas adotadas pelo Estado frente s desigualdades sociais e as possibilidades de mudanas vislumbradas no ps-pandemia.
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Igor Bruno Cavalcante dos Santos (UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto)
Famlias e mestiagens: o caso de uma Mameluca poderosa em Minas Colonial
Resumo:O objetivo desta comunicao oferecer uma oportu...
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Resumo:O objetivo desta comunicao oferecer uma oportunidade para se pensar as noes de Famlia, escravido e Mestiagem na Amrica portuguesa. Para isso, tomamos o caso de uma mameluca (filha de pai portugus e me indgena) nascida na vila de It, capitania de So Paulo, e falecida na comarca do Rio das Velhas, capitania de Minas Gerais, no ano de 1743. O caso da mameluca Anastcia emblemtico por retratar a histria de uma mulher mestia que deixou, em seu testamento e inventrio, registrada a sua experincia de itinerancia movida pelo medo de morrer pelas mos do prprio marido, por t-lo trado quando este estava pelos sertes. Por reconhecer-se adltera e ter cincia das legislaes civis e eclesisticas da poca, Anstcia decidiu partir para as minas do ouro e ali reestruturar sua vida. Anastcia fugira para as Minas sem bem algum. Chegando na capitania mineira, trocara de nome, voluntariamente, ando a se chamar Francisca Poderosa, e lanara mo de novos casos de concubinato, sendo o mais duradouro (at a sua morte), com o licenciado Domingos Maciel Aranha. Seguindo os seus rastros atravs de testamento, inventrio e devassas eclesisticas, possvel ver que a itinerncia permitiu a Anastcia/Francisca a fuga de So Paulo, a chegada a Minas Gerais, novas misturas com homens portugueses, com suas formas de conjugalidade, e uma ascenso social e econmica. Anastcia morreu em 1743 sendo respeitada e proprietria de escravos e ndios istrados. Esse estudo visa contribuir com a historiografia sobre as formas de Famlia, os regimes escravistas e as mestiagens em Minas Gerais, alm de contribuir com estudos na rea de Histria sociocultural. Oferece, ainda, uma oportunidade para se pensar maneiras de se apropriar de fontes documentais de naturezas distintas que, conjuntamente, permitem ao historiador seguir os fios e os rastros de personagens que foram responsveis por reconfigurar os espaos sociais propondo maneiras distintas de viver e pensar no mundo colonial.
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ST 18 - Sesso 3 - Sala 18 - Dia 18/09/2020 das 14:00 s 18:00 2o212w
Local: Sala 18
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Ana Gabriella do Esprito Santo (Colgio Santa Brbara)
As meninas na dinmica social das ruas: uma busca pela liberdade e a circularidade de violaes no Recife (1990-1999))
Resumo:O presente trabalho um recorte da dissertao, a...
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Resumo:O presente trabalho um recorte da dissertao, ainda em construo, intitulada Menores de Rua, Meninas da Casa: a Casa de agem e as meninas em situao de rua no Recife (1989 - 1999), sendo sua defesa em novembro de 2020. Aqui, se objetiva discutir as diferentes experincias de meninas que viveram em situao de rua na cidade do Recife, durante a dcada de 1990, abordando as motivaes e estratgias adotadas por elas para sua sobrevivncia nesse espao urbano. Para isso, sero utilizados o livro e relatrio SOS Meninas e Meninas de Rua do Recife, respectivamente, produzidos pela organizao no-governamental Casa de agem, que vem atuando desde 1989 com o atendimento a meninas em situao de rua, de violncia sexual e domstica. Estas documentaes trazem depoimentos das meninas acerca da famlia, institucionalizao, experincia nas ruas, e sobre como se enxergam enquanto sujeitas na sociedade. Abordam a vivncia em espaos de negao e violao de direitos, possibilitando discusses imprescindveis, como as leituras delas a respeito das ruas. Crianas e adolescentes buscavam nas ruas do Recife uma alternativa de liberdade frente as violaes sofridas no espao de sua casa, local que deveria lhe proporcionar cuidado, afeto e proteo, assim como tambm experienciavam essa ausncia de direitos na FUNDAC/PE responsvel pela ressocializao de sujeitos(as) que cometeram ato infracional. Entretanto, quando essas sujeitas chegavam nas ruas se deparavam com uma nova priso: drogas, prostituio, mundo do trabalho, fome, abusos de poder, marginalizao social. Independentemente da motivao que as levavam a buscar as ruas como uma alternativa de liberdade, esse espao era buscado atravs da esperana de cessar o sofrimento de viver em um cenrio de violaes. No entanto, esse novo local tambm era violador de direitos, visto que, tanto o Estado quanto a sociedade ainda se encontravam na concepo menorista de que essas crianas e adolescentes, devido a condio social nas quais estavam inseridas, se enquadravam na delinquncia, e por isso poderiam no ser merecedoras de cuidado e proteo, uma vez que esse olhar estava incorporado em uma tica determinista. Os documentos citados possibilitaram a visibilidade de um cotidiano que por muito tempo era desconhecido. Quando se pensava no dia-a-dia de crianas e adolescentes nas ruas, atentava-se as experincias dos meninos, ampliando-as at as meninas, de forma que desconsiderava as particularidades pertencentes a seu gnero.
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Joo Victor Braga de Souza (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
As crianas e os adolescentes na "capital da violncia": Recife, entre as mudanas e permanncias na dcada de 1990
Resumo:O presente trabalho faz parte de reflexes desenvo...
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Resumo:O presente trabalho faz parte de reflexes desenvolvidas na dissertao em construo Para alm da proteo: Uma histria dos conselhos tutelares no Recife (1990 2000). Nesse texto, temos como objetivos fazer uma leitura da cidade do Recife quanto a seus indicadores sociais, tratando especificamente da vida das crianas e adolescentes da capital pernambucana, buscando problematizar as permanncias e as mudanas que foram ocorrendo durante a dcada de 1990, que marca a ruptura das polticas menoristas com o advento do Estatuto da Criana e do Adolescente. Desse modo, o trabalho tem como fontes para a investigaes os peridicos da cidade, Dirio de Pernambuco e Jornal do Commrcio, assim como, a utilizao do Atlas de Desenvolvimento Humano no Recife, desenvolvido pela prefeitura junto ao Governo Federal, resultando em um software que possibilita uma ferramenta ampla de pesquisa.
Partindo da anlise documental, visto que a violao de direitos pode se manifestar de vrias formas e prticas na vida cotidiana, contudo, um fator determinante para a realidade social vivenciada pelos sujeitos a pobreza, assim, problematizamos o conceito como uma situao social que ultraa rendimentos e o a renda, mas incide na vulnerabilidade de o a servios pblicos e a construo de uma cidadania. Com isso, pensamos a cidade e as crianas e adolescentes em uma dinmica que faz parte de um cenrio poltico e econmico que tinha construdo e ainda construa seu projeto de sociedade e cidadania, para fazer esse debate, pensamos o Recife por meio de seus bairros e suas divises poltico-istrativas, tensionando suas fronteiras e a consequente poltica municipal empreendida. Nessa perspectiva, importante fazer demarcar que os anos de 1990 representavam um momento de busca por estabilidade dos processos democrticos, mas que marcado por avano do neoliberalismo e de cortes nas polticas sociais previstas na constituio e no Estatuto, entraves no que diz respeito a implementao das polticas de direitos humanos de crianas e adolescentes e manuteno de aspectos de outrora, havendo um conflito entre o que o Estatuto visava garantir e os caminhos escolhidos para alcanar tais direitos.
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Anderson Rafael Lima da Silva
Uma Criana para cada Infncia: A construo do conceito de infncia moderna e contribuies interdisciplinares
Resumo:A trajetria de vida das crianas que ainda hoje c...
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Resumo:A trajetria de vida das crianas que ainda hoje circulam entre a usina de acar, a casa e a escola uma questo que continua pouco explorada pela academia, por se tratar de um problema social complexo e que exige um olhar para alm da explorao da mo de obra infantil. A circulao de meninos e meninas que transitam nesses diferentes espaos traz para o debate o questionamento dos discursos de naturalizao do trabalho e de uma negligncia histrica do poder pblico em fiscalizar tanto as relaes de poder produzidas no mundo de trabalho como a violao de direitos humanos de meninos e meninas. Esse trabalho tem como objetivo refletir historicamente sobre o papel da educao e das teorias pedaggicas nas mltiplas concepes de infncia na modernidade, criadas como ferramentas de interveno do Estado Moderno na formao de futuros homens aptos a exercer plenamente seus direitos e deveres cveis, como as experincias da pedagogia para o trabalho utilizada de maneira vasta pelo Estado Brasileiro nos ambientes rurais do Brasil durante sculo XX. Utilizarei como fundamentao terica a perspectiva da Sociologia da Infncia, que considera as crianas como atores sociais de pleno direito e no apenas como uma fase de transio para a vida adulta, reconhecendo, dessa forma, suas representaes e crenas em sistemas organizados, como seres nutridos de subjetividades que merecem que sua voz seja ouvida e estudada. A ideia de circularidade de crianas, utilizada por Claudia Fonseca (2006), para estudar a transio das crianas entre a casa, a escola e a Usina e uma reviso bibliogrfica sobre as concepes modernas de infncia(s) e o papel da educao na sua construo. A partir dessas reflexes, este trabalho visa, contribuir para a discusso do papel da educao ou/e das correntes pedaggicas propostos com o objetivo de interveno e formao nas diferentes infncias em cidados teis ao Estado.
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Tiago Casaes Santos (UNEB - Universidade do Estado da Bahia)
Os menores abandonados de Ilhus: entre migraes no ps-abolio e inoperncia do Estado (1927-1945)
Resumo:Em maio de 1940, com a priso de Pituim, Sergipano...
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Resumo:Em maio de 1940, com a priso de Pituim, Sergipano ou a ser visto como o lder dos Biribanos, um grupo de menores abandonados da cidade de Ilhus-Ba que faziam da rua local de moradia e sobrevivncia. Como a prpria alcunha sugere, era um garoto que saiu de Sergipe com sua famlia para o Sul da Bahia devido a fama e as oportunidades de trabalho que era propagado sobre a zona cacaueira. Ainda no mesmo ano, Sergipano perdeu o posto de chefe da Biriba para outro menor chamado Cabea Chata e meses depois, ambos foram presos, deportados e retornaram s ruas de Ilhus no ano seguinte. Em 1944, Pernambuquinho, um novo gatuno nas crnicas policiais da cidade, foi preso na Rua da Linha aps uma sequncia de furtos nas lojas Casa Pernambucana e Armazm 15 de Novembro. Simples apelidos, mas que so capazes de sinalizar as origens, a terra natal dos mencionados personagens urbanos.
No final do sculo XIX houve um movimento significativo de ex-escravizados que saam da regio do recncavo baiano com destino s terras do Sul da Bahia. Homens e mulheres movidos pelo sonho de uma vida melhor, chegavam na regio cacaueira em busca de trabalhos e de melhores condies de vida (FRAGA,2006, p. 321-322). Esse processo de migrao muito bem descrito por Walter Fraga, continuaria com mais intensidade ao longo da primeira metade do sculo XX, e no apenas emigrantes oriundos do recncavo, mas tambm de emigrantes do serto baiano, alm de uma grande movimentao de sergipanos, pernambucanos, alagoanos, nortistas e etc.
Em virtude dos fatos mencionados, esta pesquisa tem como objetivo tecer fios na construo de trajetrias dos menores que viviam em estado de abandono e delinquncia na regio Sul da Bahia. Alm de argumentar sobre como o processo de migrao no contexto do ps-abolio resultou no aumento da populao de Ilhus e, consequentemente, no aumento de crianas e jovens abandonados pelas ruas dos bairros populares, pelo comrcio e pelo porto, efeito tambm ocasionado pela inoperncia do Estado que no cumpria seu papel definido pelo Cdigo de Menores de 1927.
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Patricia Vieira Morais (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paran)
Experincias de trabalhadores precoces e as tenses familiares em redes de convivncia (Oeste do Paran, 1960-2020)
Resumo:A presente investigao discute como se do as rel...
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Resumo:A presente investigao discute como se do as relaes de convivncia entre sujeitos que trabalham/trabalharam precocemente e seus familiares, desenlaadas a partir da dcada de 1960 aos dias atuais, no Oeste paranaense. Procuro compreender como lidam com as interferncias e discordncias familiares, de que maneira e em quais momentos essas relaes compem interesses compartilhados de classe e, do mesmo modo, como e por quais razes divergem e se distanciam. Busco, ar esses aspectos a partir dos laos e desencontros de trabalhadores precoces com trabalhadores, mediante a dinmica social que os coloca em movimento quanto a interesses, atitudes, valores e adversidades. Nesse sentido, essas convivncias evidenciam uma rede de identificao, dissonncia e confrontao de classe que abrangem os vnculos familiares enquanto parte desse convvio. Para essa discusso, disponho de entrevistas com tais trabalhadores e assistente social (realizadas em cidades da regio); processos da Vara Cvel referente Comarca de Toledo, do acervo localizado no Ncleo de Documentao, Informao e Pesquisa; ndices estatsticos apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (2010), vinculados ao Programa de Erradicao do Trabalho Infantil; e, pronturios mdicos da Fundao de Sade Santo Antnio dos Trabalhadores Rurais (de Guaraniau). Para alm de um conjunto de memrias, casos jurdicos, dados estatsticos ou, diagnsticos mdicos, esses materiais evidenciam tenses sociais que circunscrevem o convvio dos trabalhadores, mesmo que de maneiras fragmentadas e/ou veladas. Seja, mediante a famlia, seja, quando se deparam com instituies de assistncia social, hospitais, judicirio, a presena desses emerge atravs de conflitos e ambiguidades por conta de trabalho, das divergncias morais, daquilo que possuem ou esperam nas avaliaes de suas condies de classe e relaes de poder, alm de como se veem e so vistos. O carter diverso e interdisciplinar dessas fontes no configura empecilho nessa investigao, mas amplia as possibilidades de analisar a complexidade da experincia dos mesmos. Uma vez que lidar com a pesquisa histrica considerar tambm que muitas de nossas documentaes no foram produzidas para este fim e, muitas vezes, sem o olhar e interesse daqueles que privilegiamos.
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Mrio Emmanuel de Oliveira Ramos
Histria do Estatuto da Criana e do Adolescente: Participao e Infncias (Recife, 1990-2000)
Resumo:O presente relatrio objetiva apresentar os result...
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Resumo:O presente relatrio objetiva apresentar os resultados parciais do Plano de Trabalho "Histria do Estatuto da Criana e do Adolescente: participao e infncias (Recife, 1990-2000)", que est inserido no projeto "Histria do Estatuto da Criana e do Adolescente: Entre a Lei e a Vida (Recife, 1990-2000)". O objetivo da pesquisa problematizar a participao das crianas e dos adolescentes nas aes produzidas no campo da assistncia ao pblico infanto-adolescente, a partir da promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente. Realizamos leituras acerca dos conceitos de infncia, participao e legislao, juntamente com leituras que contextualizassem o cenrio histrico social da promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente. A partir da anlise do discurso dos documentos legais e dos peridicos: Dirio de Pernambuco e Jornal do Commercio, alcanamos os resultados. O Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), Lei n 8069/90, promulgada em 13 de julho de 1990, foi a primeira legislao brasileira a conceder as crianas e adolescentes, os direitos a liberdade, que antes eram reservados apenas aos adultos. Esta nova legislao revoga o Cdigo de Menores, lei vigente na poca, instituindo uma nova doutrina no Brasil, a doutrina da Proteo Integral, inserindo uma nova orientao na relao do adulto com as crianas e os adolescentes. (MORELLI,2000). Assumindo pela primeira vez, aqueles que eram considerados "menores", como sujeitos de direitos. Apresentamos como resultados finais os marcos legais da participao poltica de meninos e meninas e problematizaes sobre as notcias que fazem referncia a essa participao poltica contemplando o debate sobre as mais diferentes formas de participao e os mecanismos que impedem o exerccio desse direito, na dcada de 1990, na cidade do Recife.
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Emmanoel Alexandre da Silva (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
Conveno Internacional dos Direitos da Criana (1989): (Re)descobrindo a Infncia Ideal
Resumo:Autor: SILVA, Emmanoel Alexandre da.
Orientador: ...
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Resumo:Autor: SILVA, Emmanoel Alexandre da.
Orientador: MIRANDA, Humberto da Silva.
O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre as ideias de proteo enquanto um direito especial de crianas e adolescentes presentes na Conveno Internacional dos Direitos da Criana, documento elaborado por diversos pases na Assembleia das Naes Unidas, discutido e aprovado com unanimidade em 1989. A partir disto, a pesquisa se desenvolve em identificar as contradies do documento e seus desdobramentos tericos e prticos em torno do ser criana. Com a anlise documental como metodologia, o trabalho dividido em trs partes. Primeiramente, busca contextualizar sociohistoricamente a produo da Conveno e os marcos legais que o antecederam, como as Convenes anteriores, por exemplo. Segundo, procura discutir as conceituaes sobre infncia, criana e proteo trazidas no documento, apontando as divergncias mostradas pelos que, de um lado, defendem a liberdade de crianas e adolescentes como um direito absoluto e, por aqueles que do outro lado, acreditam que a proteo que a verdadeira prioridade absoluta, enfim, esta dualidade vai ser discorrida a partir de pensadores, filsofos, dentre outros. Por ltimo, a pesquisa vem trazer as consequncias da Conveno para esse novo mundo ps-Guerra Fria. Como no Brasil, por exemplo, onde o documento, um ano depois de sua elaborao, influenciou a promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente, em 1990. Em suas consideraes finais, a investigao assume uma posio crtica quanto a Conveno, problematizando a sua concepo de infncia. Tanto no sentido de se desvencilhar da dualidade liberdade ou proteo trazido pelo Documento s crianas, como tambm ao seu status de infncia ideal que , essencialmente, excludente, tendo em vista que um recorte de uma realidade hegemnica apenas nos pases do eixo norte global, alm de ignorar tambm as relaes de gnero. No entanto, ainda assim, se constata que, historicamente, a Conveno Internacional dos Direitos da Criana o documento mais completo e que mais garante direitos ao pblico infanto-juvenil. Dessa forma, a presente pesquisa contribui para rediscutir os princpios norteadores da Conveno, mas levando em conta as diferentes infncias e adolescncias, sem reproduzir uma concepo hegemnica e normativa da infncia.
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Giovane Silva Balbino (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)
O papel da literatura memorialista na memria oficial da Escola Profissional Delfim Moreira em Pouso Alegre/MG (1917-1947)
Resumo:A presente investigao deriva-se da pesquisa real...
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Resumo:A presente investigao deriva-se da pesquisa realizada no Mestrado em Educao em desenvolvimento na Unicamp. Analisamos o processo de criao das instituies educacionais e das elites polticas e religiosas em colaborao para promover a educao das classes desfavorecidas. Aqui pretendemos analisar o papel da literatura memorialista na construo de uma memria oficial da Escola Profissional Delfim Moreira, fundada em 1917 e que teve influncia de religiosos, como o 3o Bispo Diocesano Octvio Chagas de Miranda representante da Diocese de Pouso Alegre/MG e das elites polticas, como o Senador Eduardo Amaral. A Escola Profissional Delfim Moreira enaltecida pela memria oficial, em sua importncia na formao de trabalhadores para os ofcios manuais, buscando atender os meninos pobres e rfos, oferecendo as seguintes oficinas: tipografia, sapataria, carpintaria, marcenaria, oficinas de artes, alm de uma seo agrcola. O nosso objetivo de compreender a construo da memria oficial da Escola Profissional, em seu processo de criao, organizao e manuteno por meio obras literrias. Iremos analisar as seguintees obras: Uma Histria que j vai longe em confeco de Alvarina Amaral de Oliveira Toledo, A Histria de Pouso Alegre de Octvio Miranda de Gouva e Estrias do Mandu de Eduardo Amaral de Oliveira Toledo, em ambos os casos essas obras buscavam produzir uma viso das elites dominantes, sobre a importncia da educao profissional, na dignidade do trabalho e da conservao dos princpios cristos na sociedade pouso alegrense. Para a execuo dessa pesquisa, partiremos com a compreenso do conceito de memria (LE GOFF, 2013), alm de analisarmos tambm o papel da literatura na sociedade local em seu contexto histrico (SODR, 1995) e as suas narrativas enaltecendo a formao de trabalhadores nos princpios da industrializao (CUNHA, 2005) e (QUELUZ, 2000). Conclumos que essa pesquisa pretende colaborar com os estudos relacionados com a literatura e histria no campo da educao profissional.
Palavras-chave: Memria; educao profissional; literatura; histria.
CUNHA, Luiz Antnio. O ensino de ofcios nos primrdios da industrializao. 2a edio, So Paulo/SP: Editora UNESP; Braslia/DF: FLACSO, 2005.
LE GOFF, Jacques. Histria e Memria. Traduo de Bernardo Leito [et al.], 7. edio revista, Campinas/SP: Editora da Unicamp, 2013.
QUELUZ, Gilson Leandro. Concepes de Ensino tcnico na Repblica Velha 1909-1930. Curitiba: Editora CEFET-PR, 2000.
SODR, Nelson Werneck. Histria da literatura brasileira. 3 edio, Rio de Janeiro/RJ: Bertrand Brasil, 1995.
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Luiz Jos da Silva (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Sistema de sade em Portugal: a centralizao poltica e o imaginrio na construo de uma identidade (1477-1525)
Resumo:O propsito deste artigo estudar a relao entre...
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Resumo:O propsito deste artigo estudar a relao entre o Assistencialismo e a Poltica de centralizao, esta desenvolvida no reinado de D. Joo II. A abordagem do tema est inserida no perodo de 1477 ao ano de 1521, isto , desde o momento de um Prncipe Perfeito at final do reinado de D. Manuel I. Em nossa abordagem realaremos: a poltica de Centralizao e o e o imaginrio na construo da identidade dos soberanos, D. Joo II e D. Leonor; atravs da reformulao e criao do Sistema de Sade de Portugal, excursionando de forma bem resumida atravs dos Hospitais: Real de Todos os Santos e Nossa Senhora do Ppulo; e, um reconhecimento rainha D. Leonor de Viseu, no tpico em que buscamos conduzir o leitor a uma reflexo nas atividades da viva de D. Joo II, que contando com o apoio de D. Manuel I, deu continuidade reformulao. Algumas reflexes sobre a relao entre a poltica de centralizao e o assistencialismo sade, no contexto do reinado de D. Joo II; as aes assistencialistas ocorridas no reinado de D. Afonso V; a referncia ao um tempo em que a pobreza era evanglica e a relao com os pobres, os peregrinos e os doentes, no diferiu, da que foi vivenciada nos outros espaos da cristandade ocidental, sero observadas. A morte de D. Leonor, rainha de D. Joo II ocorrida em 1525, no nos isentar de reflexo, pois a participao da soberana nas questes sociais de Portugal est inserida no contexto do assistencialismo, que visava sade e a higiene, carentes nas principais reas urbanas das cidades portuguesas. Uma abordagem a partir de dados obtidos na historiografia brasileira e portuguesa conduzir anlise da situao dos hospitais antes, durante e aps a interveno de um Prncipe Perfeito, tornando-se um rei quase perfeito ao lado de uma rainha fundamental para o assistencialismo abordado neste trabalho.
Palavras chave: Assistencialismo, Sade, Higiene, Hospital, Centralizao.
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