ST 06 - Sesso 1 - Sala 06 - Dia 16/09/2020 das 14:00 s 18:00 4up2x
Local: Sala 06
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Mrcia Elisa Tet Ramos (Universidade Estadual de Maring)
As propostas para o ensino de histria de temas sensveis no e virtual da revista Nova Escola
Resumo:A revista Nova Escola foi um peridico de publica...
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Resumo:A revista Nova Escola foi um peridico de publicao mensal, criada em 1986 e mantida por 30 anos pela Fundao Victor Civita (FVC) idealizada pelo fundador da Editora Abril. A revista teve apoio institucional do Governo Federal, possibilitando que suas publicaes fossem distribudas de forma gratuita para cerca de 300 mil escolas pblicas no Brasil, at o ano de 2014, alm de sua venda em bancas de jornais e s. O peridico se constituiu, ao longo do tempo, como uma das principais fontes de consulta dos professores da Educao Infantil e do Ensino Fundamental. A partir de dezembro de 2015, surge a Nova Escola Digital e o Site novaescola.org.br e teve nos trs primeiros meses de sua criao, 106 mil usurios cadastrados. Conta atualmente com 1,7 milho de visitantes, 950 mil fs no Facebook, 110 mil visualizaes no Youtube, 5 mil planos de aulas produzidas ou adaptados por usurios. Assim, gradativamente, a verso impressa vai sendo substituda pela plataforma digital. Com o aparato virtual, Nova Escola permanece o que denomina como sendo sua misso de facilitar o currculo, agora a Base Nacional Comum Curricular, para o professorado. Por isso, pode ser considerada como importante propagadora/divulgadora da BNCC, o que nos leva ao interesse em apreender como que este site (re)interpreta o currculo para os professores. Entendemos que o e virtual da revista Nova Escola permanece como importante esfera de divulgao, propagao e publicizao do que se entende ser um bom professor, competente na sua disciplina. Ao proceder desta forma, dispe dos saberes que acredita que devem ser ensinados, conforme a BNCC ou a partir dela. A revista serve de dispositivo no mbito da poltica cultural, ou seja, como estratgia de implementao dos currculos produzidos pelos rgos pblicos reguladores da educao. Mais especificamente, trataremos dos temas considerados sensveis, como a questo indgena, escravismo e Ditadura Militar. Estes temas so aqueles chamados por Bodo Von Borries (1995) como sobrecarregados quando pesquisou o Holocausto na Europa. So temas que am hoje por um revisionismo conservador ou no-cientfico. Em sntese, nossa problemtica seria a traduo/interpretao curricular do site Nova Escola em relao disciplina de histria, com o recorte temtico dos temas sensveis. Histria Pblica:
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Wilian Junior Bonete (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso)
O campo da Didtica da Histria e a pesquisa sobre identidade e formao de professores
Resumo:A presente comunicao tem por objetivo analisar a...
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Resumo:A presente comunicao tem por objetivo analisar algumas contribuies conceituais de Jrn Rsen para o desenvolvimento de investigaes que versam sobre a formao histrica de professores de Histria. Tais reflexes fazem parte de nossa tese de doutorado desenvolvida junto ao Programa de Ps-Graduao em Histria da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), na linha de pesquisa Ensino de Histria, Patrimnio e Subjetividades. A partir de dilogos estabelecidos com autores e referenciais terico-metodolgicos provenientes e debatidos nos campos do Ensino de Histria e Didtica da Histria investigamos, os elementos constitutivos da conscincia histrica, da formao histrica e das identidades de professores de Histria que atuam especificamente na Educao de Jovens e Adultos (EJA), em diferentes cidades do Estado do Paran. Os dados para anlise foram construdos a partir da metodologia da Histria Oral e da abordagem da pesquisa qualitativa. No segundo momento, um roteiro que abordou as ideias sobre a Histria, sobre o papel e funo social do conhecimento histrico, bem como as influncias culturais, polticas, os sentidos de suas experincias como docente na EJA e como pensam o processo de ensino e aprendizagem de Histria para os alunos jovens e adultos. As respostas (narrativas) consistiram em nossas fontes para anlise sobre o processo de construo das identidades docentes luz dos recentes debates sobre o ensino de histria e a Didtica da Histria. Foi possvel observar que os professores desenvolvem suas identidades de maneiras diferentes e o contexto social exerce grande peso neste processo constitutivo. Percebemos tambm que o modo como os professores compreendem a histria e o conhecimento histrico so distintos e isso acabou sendo perceptvel em suas identidades enquanto docentes.
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Geyso Dongley Germinari (Universidade Estadual do Centro-Oeste)
A categoria conscincia histrica em teses e dissertaes: contribuies para uma didtica da educao histrica
Resumo:Esta comunicao apresenta um recorte da pesquisa ...
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Resumo:Esta comunicao apresenta um recorte da pesquisa de ps-doutorado em andamento, intitulada Professores de histria e a recepo dos conceitos de pensamento histrico e conscincia histrica nas pesquisas sobre aprendizagem histrica presentes em teses e dissertaes produzidas no estado do Paran, desenvolvida na linha de pesquisa Cultura, Escola e Processos Formativos em Educao, do Programa de Ps-Graduao em Educao, da Universidade Estadual do Paran. A pesquisa financiada pela Fundao Araucria de Apoio ao Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico do Estado do Paran (FA). No presente recorte, busca-se analisar o modo como teses e dissertaes produzidas nas universidades pblicas do estado do Paran (Programas de Ps-Graduao Stricto Sensu acadmicos em educao e histria e profissionais em ensino de histria ProfHistria) recepcionam a categoria conscincia histrica na perspectiva do filosofo da histria Jrn Rsen, com o objetivo de levantar elementos que permitam a reflexo a respeito da constituio de uma Didtica da Educao Histrica. Nas ltimas dcadas, as investigaes sobre os processos de aprendizagem histrica no espao escolar procuraram compreender o processo a partir dos pressupostos da teoria e filosofia da Histria, especialmente, a partir dos conceitos de pensamento histrico e conscincia histrica, os quais assumem centralidade nessas investigaes. As pesquisas vm se desenvolvendo em diferentes pases e no Brasil, suas particularidades vm sendo apontadas por autores como Jrn Rsen, Isabel Barca, Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli, os quais indicam o lugar da epistemologia da histria nas pesquisas. Em sentido amplo, a anlise das teses e dissertaes selecionadas indicou uma mudana conceitual acerca da aprendizagem histrica, que tem contribudo para transformar os modos de pensar o ensino de Histria no espao escolar, tendo a cincia da histria como eixo central.
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Flvio Jos Dalazona (UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro Oeste)
Cincia histrica e aprendizagem: a didtica da histria como analtica da historiografia
Resumo:O presente trabalho tem por objetivo discutir a re...
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Resumo:O presente trabalho tem por objetivo discutir a relao entre historiografia e a aprendizagem histrica tomando como ponto de partida as conexes que a cincia histrica estabelece com a vida prtica. Para tanto, elenca-se como referencial terico a perspectiva terica da Nova Didtica da Histria [Neu Geschichtsdidatik] Alem para estabelecer como chave analtica para analisar a prxis historiogrfica. Buscamos apresentar, em um primeiro momento, um panorama do perodo histrico de consolidao dessa matriz terica na Alemanha. Em um segundo momento objetiva discorrer sobre a relao entre essa concepo terica e de como a historiografia se consolida como um campo possvel da anlise didtica. Pode-se dizer, em sntese, que os referenciais terico-metodolgicos discutidos caminham por se consolidar um importante momento pelo qual a a disciplina histrica, ao romper com seu carter meramente contemplativo de ser e existir, e questionar as conexes presentes entre seu produto historiogrfico e a vida prtica.
As relaes humanas do ado constantemente so resignificadas e materializadas pelo que se costumou chamar de historiografia. Grosso modo, a definio de historiografia abrange mais precisamente a escrita da histria, de uma forma metodicamente regulada, na maioria das vezes produzida por historiadores. Se tomamos a historiografia em sua aparncia ela nada mais se constituiria do que a materializao do conhecimento histrico, estruturada a partir da conveno metdica dos historiadores.
Ao adentrar pelos meandros de sua estrutura epistemolgica em sua essncia propriamente dita partilhamos da ideia de que ela produto no apenas dessa relao entre historiador e o ado, mas sim uma resposta s necessidades sociais historicamente determinadas pela a sociedade. Nesse aspecto historiografia e sociedade completam uma existncia dual, onde uma est diretamente ligada outra.
A narrativa historiogrfica, alm de ser condicionada pelo ofcio do historiador, fornece tambm orientao, no somente a seus interlocutores, como tambm para os prprios escritores que so interpelados pelo conhecimento histrico. Nesse sentido a historiografia fornece uma orientao para o agir concreto dos seres humanos em sociedade.
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Nayara Galeno do Vale (Secretaria Municipal de Educao (SME-RJ))
Da arte de historiar s Experincias histricas: duas tentativas de (auto) reflexo sobre prtica docente
Resumo:Este trabalho foi concebido a partir das reflexes...
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Resumo:Este trabalho foi concebido a partir das reflexes a respeito da minha prtica como professora de Histria nos anos finais do Ensino Fundamental, em escolas pblicas municipais da cidade do Rio de Janeiro. Ele parte da considerao do professor de Histria como um autor em sentido amplo, que pode construir saberes e no apenas reproduzi-los. Nesse sentido, considera-se, nos termos de Ilmar Rohloff de Mattos (2006), a aula de Histria como um texto que ao mesmo tempo uma criao individual e coletiva, uma vez que parte do professor, mas obrigatoriamente tem que levar em conta os alunos nesse processo criativo. O trabalho contempla a anlise de dois instrumentos de registro e compartilhamento de experincias e impresses vivenciadas nas aulas de Histria, utilizados em dois momentos diferentes da minha trajetria docente: um blog e uma rede social (mais especificamente uma pgina no site Facebook). Trata-se do blog A arte de historiar, que alimentei com relatos das minhas experincias educacionais como professora de Histria iniciante, entre os anos de 2011 e 2016 e da pgina do Facebook Experincias histricas, criada por mim em maro de 2020, no contexto de isolamento social e fechamento das escolas ocasionado pela pandemia do novo coronavrus, momento em que tenho dez anos completos de atuao na rede municipal de ensino da cidade do Rio de Janeiro. Procurarei analisar os dois referidos instrumentos como representativos de prticas culturais que esto relacionadas s atividades da chamada escrita de si, como exerccios de escrita que se debruam sobre os processos de ensino e aprendizagem e como espaos de dilogos com outros profissionais e com um pblico mais amplo que possa se interessar pelo ensino de Histria. Selva Guimares Fonseca (2012) afirma que a construo identitria dos professores se processa ao longo de toda a vida profissional dos sujeitos e que no exerccio de sua profisso, o professor tambm se forma. Ana Maria Monteiro (2000) se inspira nas consideraes de Maurice Tardif, para quem os saberes docentes so sempre personalizados, portanto difceis de dissociar da experincia. Procuro enxergar a prtica docente como um processo reflexivo e principalmente autorreflexivo e no apenas como um espao de aplicao de tcnicas a serem empregadas em qualquer realidade, j que a cada sala de aula traz consigo uma experincia nica e irrepetvel, no somente para o professor, mas tambm para os alunos. A sala de aula e o ensino de Histria am a ser percebidos como espaos de articulao entre a teoria e a pratica, em detrimento da viso que os concebe como espaos de mera aplicao, ou de simplificao e transposio de um conhecimento cientfico, o conhecimento histrico acadmico, para o pblico escolar.
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Victor Batista de Souza (EEEFM PROFESSORA DBORA DUARTE)
Aula-Oficina Um olhar para meu bairro: descobrindo bens patrimoniais: aprender Histria com sentido para a vida prtica.
Resumo:Ainda possvel aprender com a Histria? Como se ...
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Resumo:Ainda possvel aprender com a Histria? Como se aprende Histria? Para responder estas indagaes, esta comunicao tem como objetivo apresentar os resultados da Aula-Oficina Um olhar para meu bairro: descobrindo bens patrimoniais, desenvolvido no mbito no Mestrado Profissional em Ensino de Histria da UFPE com 44 alunos da 3 srie do Ensino Mdio, com idades entre 17 e 21 anos, em uma escola pblica da Paraba, no intuito de desenvolver as ideias histricas em relao ao conceito de patrimnio, a partir da interpretao de fontes histricas. Nossa pesquisa recorreu a autores da Educao Histrica como Jorn Rsen (2001, 2006, 2007, 2009, 2011, 2015), Isabel Barca (2004, 2007), Maria Auxiliadora Schmidt (2005, 2006, 2009, 2016), Ana Cludia Urban (2009), Luis Fernando Cerri (1999, 2001, 2004, 2011, 2017) entre outros, que nos ajudaram a compreender como os alunos esto atribuindo sentido ao ado para que pudssemos propor atividades voltadas ao desenvolvimento de suas ideias histricas e que eles percebam a utilizao desse saber em sua vida prtica. Tambm utilizamos para a construo de nossa proposta a discusso do conceito de patrimnio, sobretudo atravs das perspectivas de Funari e Pelegrini (2009), Poulot (2009) e Hartog (2014), bem como da Educao Patrimonial, destacando as diversas fases e caractersticas desse campo a partir de autores como Florncio (2015), Merillas (2015), Scifoni (2015), Mattozi (2008). O instrumento que escolhemos para realizar a coleta de dados na pesquisa foi o questionrio para identificar as ideias prvias dos estudantes sobre o patrimnio. Em seguida os alunos analisaram fonte histricas sobre a temtica questionada, a partir de duas fichas que desenvolvemos. Dos 44 alunos que participaram de toda a aplicao, 33 desenvolveram de uma conscincia histrica tradicional para uma gentica; 7 encontraram-se em fase de transio de uma conscincia histrica tradicional para uma gentica e 4 permaneceram operando uma conscincia histrica tradicional. Para identificar como os alunos usariam o conhecimento histrico em suas vidas praticas, propomos como situao-problema identificar e categorizar, em grupos, os bens patrimoniais de seus bairros e construrem um mapa colaborativo. Como resultado percebemos que eles foram capazes de ressignificar os bens de suas comunidades, atribuindo diferentes sentidos. Para ns, o aprender histria no deve estar ao acmulo de informaes sobre o ado, mas sim desenvolver habilidades que possibilitem os alunos interpretarem as experincias desse ado e, a posteriori, aplicarem em suas vidas, em seu dia a dia.
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Jeferson Jos Gevigier (Secretaria de Estado de Educao do Paran)
Prtica da pesquisa em sala de aula: Aula-Oficina como modelo privilegiado na construo do Conhecimento Histrico
Resumo:A construo do conhecimento histrico e a progres...
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Resumo:A construo do conhecimento histrico e a progresso da cultura histrica dos estudantes so importantes para que eles possam compreender sua existncia e seu cotidiano de forma historicamente sistematizada. Dessa forma, a prtica do ensino de histria deve ter base na pesquisa histrica e na prtica da anlise de fontes histricas, visto que as narrativas histricas, que possibilitam ao estudante perceber seu protagonismo em sua prpria realidade, so produzidas a partir desse trabalho. Em nossa pesquisa, a nvel de mestrado profissional em ensino de histria pelo programa ProfHistria, propusemos esta reflexo para fundamentar as propostas empricas de trabalho em sala de aula, por isso a escolha em se trabalhar com o modelo de aula-oficina. Estruturado em cinco etapas de trabalho (ideias prvias, anlise e sistematizao, seleo e anlise de fontes histricas, produo de narrativas histricas e instrumentos metacognitivos de avaliao), este modelo permite aos estudantes protagonizar a aprendizagem e desenvolver pesquisas histricas fundamentadas em mtodos historiogrficos.
Portanto, essencial ao professor analisar e sistematizar os conhecimentos prvios que os estudantes trazem, tanto sobre os contedos substantivos selecionados, quanto sobre os conceitos histricos de segunda ordem. Estes conhecimentos prvios demonstram os traos da conscincia histrica dos estudantes que no devem ser considerados inferiores ao conhecimento acadmico, mas veis de desenvolvimento para que se tornem mais estruturados e historicamente fundamentados. A partir da anlise destas ideias, os professores podem identificar quais as fontes histricas podero ser selecionadas para que os estudantes desenvolvam as pesquisas e possam progredir em seu conhecimento histrico. Em outras palavras, pretendemos que, com base em pesquisa, construo do conhecimento e protagonismo dos estudantes, haja um desenvolvimento qualitativo e haja progresso na conscincia histrica dos estudantes, levando-os a compreender de forma mais sistematizada e racional as questes e desafios de sua realidade cotidiana o que torna a prtica do ensino de histria vel de apresentar as cinco fases da aprendizagem histrica da matriz rseniana.
Estas reflexes so a base de nossa pesquisa, na qual procuramos refletir sobre o didtica e ensino de histria para propor sugestes prticas de sequncias didticas por meio de um endereo eletrnico. As reflexes sobre aula-oficina, conscincia, cultura e literacia histricas, fundamentaram nossa nossas propostas de sequncias didticas para um contedo substantivo especfico, porm consideramos que esta a base da prtica docente, portanto a discusso sobre o modelo de aula-oficina e os conceitos ligados a ele so essenciais.
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Jos Victor Joly (Colgio Interativa Londrina)
A Escola sem Partido e o domnio da Histria
Resumo:O movimento Escola sem Partido foi fundado em 2004...
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Resumo:O movimento Escola sem Partido foi fundado em 2004 pelo procurador de justia de So Paulo Miguel Nagib. Ganhou fora em 2014 quando se transformou no Projeto de Lei 2974/2014, apresentado na Assembleia Legislativa Estadual do Rio de Janeiro (Alerj). O movimento disponibilizou, ento, dois modelos de projetos de lei, estadual e municipal. Em mbito nacional, projetos semelhantes tramitam tanto na Cmara dos Deputados PL 7180/14, de autoria do deputado Erivelton Santana (PSC-BA) - quanto no Senado, com o Projeto de Lei do Senado (PLS) 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES).
O Projeto de Lei aparece para acabar com uma suposta doutrinao ideolgica por parte dos professores para ceder lugar a uma educao capaz de fornecer instrumentos para o estudante tomar suas prprias decises. De acordo com o site do prprio movimento, ele prope colar um cartaz em todas as salas de aula do pas com os deveres do professor, uma lista de seis itens como a proibio de promover suas prprias opinies e preferncias ideolgicas, religiosas, morais, polticas ou partidrias.
De acordo com o projeto, se aprovado, as secretarias de educao devero estabelecer um canal de comunicao para receber denncias annimas que devero ser encaminhadas ao Ministrio Pblico. A proposta desse trabalho discutir o lugar e a funo da Histria. Como a Histria se tornou presente para a escola? Como se tornou numa didtica da Histria para a escola e como esses discursos so utilizados dentro dessa disputa. O tema se torna muito importante no ensino de histria pois faz parte do contexto escolar. Para isso ser analisado dois cartazes disponveis no site do movimento Escola Sem Partido e como representam uma perseguio no ambiente escolar. O primeiro que cita os deveres do professor e o outro a representao de um aluno em sala de aula segundo o Escola Sem Partido.
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Karoline Mery de Oliveira (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
Memorial da UFRPE: Divulgao da memoria Institucional atravs de aes educativas e jogos didticos
Resumo:Karoline Mery de Oliveira
Graduanda em Histria U...
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Resumo:Karoline Mery de Oliveira
Graduanda em Histria UFRPE; Bolsista Proext
Ricardo de Aguiar Pacheco
Dr. Em Histria; Docente PGH UFRPE
Selecionar, reunir, guardar e expor coisas num determinado espao, projetando-as de um tempo num outro tempo, como o objetivo de evocar lembranas (2003, p.18), so umas das funes dos museus que Mario Chagas aponta e Marlia Cury refora e assim como ela entendemos que o museu existe por e para estabelecer uma relao entre sua comunidade e objetos significativos de sua cultura. Verificamos ento que o museu deixa de ser elemento da paisagem urbana para se tornar um local de memria dessa comunidade (Nascimento, 2013). O presente estudo tem como objetivo compreender o papel social do Memorial da UFRPE como espao que cumpra com essa dimenso dos museus. Para isso realizamos uma reflexo sobre as aes pedaggicas e jogos didticos desenvolvidos pela sua equipe. Para a pesquisa foi realizada a leitura dos referenciais tericos relacionados aos campos da museologia e da histria dos museus como Cury (2003), Poulot (2013), Nascimento (2013) e Possas (2013). Tambm buscamos conhecer os processos de constituio da UFRPE sua importncia social para entender o sentido da construo de um Memorial para uma universidade. Pois diferentes integrantes atuaram para essa expanso como os monges beneditinos, professores, alunos, tcnicos e o prprio Governo do Estado e o Governo Federal. So esses agentes que foram responsveis para o que hoje carinhosamente conhecemos como a Rural. Portanto pertinente que busquemos compreender a sua trajetria e as memrias que formam essa identidade e dessa forma, dialogando com a discusso sobre o Memorial da UFRPE, utilizamos tericos ligados aos campos da Memria, Educao em Museus, ensino de Histria em Museus e Educao Patrimonial como Horta (1999), Candau (2008), Oliveira (2008), Abud (2010), Pacheco (2010), Circe Bittencourt (2011), Guimares (2012). A metodologia empregada tambm inclui a anlise das fontes disponveis no acervo do memorial e anlise da execuo dos jogos. De fato entendemos que os jogos didticos construdos no espao: jogo da memria, jogo dos sete erros, jogo dos danos, jogo do quadro e o jogo do quebra-cabea so construdos com o intuito de fazer os alunos se apropriarem do conhecimento com que entraram em contato a partir da cultura material da exposio com o auxlio da mediao cultural. E ao aplicamos a metodologia de Educao patrimonial instruda por Horta, Evelina e Adriana: percepo, anlise e interpretao conclumos que buscamos corroborar para o desenvolvimento afetivo, internalizao, apropriao, participao criativa, e a valorizao do bem cultural de cada visitante.
Palavras- chave: Aes educativas; Memorial da UFRPE; Museu; UFRPE.
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ST 06 - Sesso 2 - Sala 06 - Dia 17/09/2020 das 14:00 s 18:00 3p645w
Local: Sala 06
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Beatriz Soares da Conceio Oliveira (Colgio Limite)
"Histria ns": o conceito de histria por estudantes de comunidades rurais negras de Feira de Santana.
Resumo:A proposta de trabalho aqui apresentada resultad...
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Resumo:A proposta de trabalho aqui apresentada resultado de investigao realizada ao longo da graduao. A pesquisa tinha por intuito a anlise de ideias sobre a histria de moradores de comunidades negras rurais em Feira de Santana, considerando a premissa de que o pensamento histrico tambm uma construo experiencial. Os sujeitos analisados foram estudantes do 8 e 9 ano da Escola Municipal Jos Tavares Carneiro, localizada no distrito de Maria Quitria. Inscrita no campo da Didtica da Histria, no mbito terico foram utilizados conceitos de histria, conscincia e narrativa histrica do filsofo e historiador Jrn Rsen. A metodologia utilizada para a concretizao da pesquisa constitui-se de etapas quantitativas, atravs da aplicao de questionrio, e qualitativas, com a realizao de observao participante, e obteno de narrativas dos estudantes atravs de resoluo de questo-problema. Dentre as narrativas foram selecionadas aquelas que compam a amostra. Posteriormente, essa amostra foi analisada e categorizada, segundo pressupostos da Teoria Fundamentada. Constatou-se a presena de 5 (cinco) categorias: Histria tudo, Tudo que ocorre ao longo do tempo, Conhecimento relativo ao ado, Relao entre as temporalidades, Histria ns. Entre elas a que obteve o maior nmero de estudantes, aquela que tambm deu nome ao trabalho,revelou a forte presena do carter experiencial, de um viver negro rural, nas ideias sobre a histria de parte dos sujeitos investigados. Tal constatao nos levou a especular que a constituio do pensamento histrico dos estudantes investigados, em sua maioria moradores de comunidade rurais negras, atravessado pelo apego memria, pela importncia atribuda a oralidade, bem como por um sentido de pertencimento histria.
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Janaina Soares Cecilio dos Santos (SED MS), Maria Aparecida Lima dos Santos (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
Ensino de Histria e Reeducao das Relaes Raciais em Propostas Curriculares para os Anos Iniciais
Resumo:O texto apresenta uma proposta de investigao que...
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Resumo:O texto apresenta uma proposta de investigao que se insere no campo do currculo e tem como um dos objetos de estudo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que compe o conjunto de polticas educacionais que buscam normatizar o ensino e a aprendizagem das escolas brasileiras.
O discurso da BNCC constitui-se de ambivalncias, caracterstica que evidencia negociaes de diferentes projetos para a fixao de sentidos, exacerbando a necessidade de investigao de seu contedo. Por ser um dos lcus privilegiados do ensino de contedos previstos pelos marcos legais que tratam da (re)educao das relaes tnico-raciais, elegemos observar esses sentidos no ensino de Histria previsto nestes documentos.
A fim de dar visibilidade cadeia de equivalncias constitudas por essas polticas, compreendidas por ns como continuidade, realizaremos um estudo comparativo entre a BNCC, os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) e o Currculo Referncia do Estado de Mato Grosso do Sul procurando responder a seguinte indagao: que sentidos se procurou fixar e quais processos de ressignificaes foram operados nestes documentos curriculares e, em particular, no de Histria dedicado aos anos iniciais do Ensino Fundamental?
O estudo proposto vincula-se ao projeto de pesquisa Currculo e ensino de Histria: sentidos e significados de tempo ado, raa, etnia e diversidade em propostas curriculares (2019/2020), desenvolvido pela equipe do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Ensino de Histria e Prticas de Linguagem - Currculo, Histria e Cultura (GEPEH/UFMS). Nossa pesquisa, de abordagem qualitativa (GHEDIN; FRANCO, 2011), e de tipo documental (SILVA et al, 2009), tomar como fontes os volumes de Histria e de Pluralidade Cultural dos PCNs, bem como a Base Nacional Comum Curricular e o Currculo Referncia do Estado de Mato Grosso do Sul (2019), examinando mais especificamente a introduo e o trecho dos documentos voltados ao componente curricular de Histria.
A anlise considerar aspectos da perspectiva ps-fundacional de currculo, para a qual a recontextualizao por hibridismos visa legitimar certas vozes em detrimento de outras (LOPES, 2005). Os estudos de nossa equipe tm apontado que tal processo de hibridizao na BNCC tem contribudo para um esvaziamento do sentido original de significantes ligados a temtica das relaes tnico-raciais. Nossas hipteses apontam para um apagamento das demandas de movimentos sociais que, na contemporaneidade, tm exigido o aprofundamento das questes relacionadas ao racismo e preconceito racial no Brasil.
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Regina Clia Daefiol (UEM - Universidade Estadual de Maring)
Black is beautiful: o ensino de Histria a partir da cultura soul enquanto expresso da resistncia negra durante a ditadura militar no brasil (1970-1980)
Resumo:Os estudos historiogrficos sobre a resistncia ...
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Resumo:Os estudos historiogrficos sobre a resistncia ditadura militar no Brasil floresceram nos ltimos anos graas a novos olhares sobre a multiplicidade de fontes acerca do tema, apresentando ao historiador e ao professor de Histria novas possibilidades de abordagem e tambm novos desafios. Este artigo prope o uso, no ensino de Histria, de elementos da cultura soul, como a msica, a dana e a esttica black, enquanto fontes para entender a resistncia dos negros ao discurso de uma suposta harmonia racial existente no Brasil, defendido e amplamente difundido pela ditadura militar.
Por meio dessas fontes possvel pensar a resistncia a partir da tica e das subjetividades inerentes a sujeitos sociais que nem sempre tiveram papel de destaque na historiografia do perodo. Ao mesmo tempo em que se v diante de uma nova possibilidade de abordagem, o professor tem pela frente o desafio de tocar, sob uma perspectiva inusual, num tema que atualmente alvo de discursos revisionistas, tanto na sociedade quanto na academia, na disputa pela hegemonia das memrias e narrativas sobre quem resistiu e quem apoiou a ditadura militar.
Para discutir os elementos de resistncia na cultura soul, o artigo busca bases tericas no conceito de infrapoltica de James Scott (2013), que analisa as estratgias de resistncia cotidianas dos grupos sociais subordinados. O recorte temporal para essa abordagem situa-se entre a dcada de 1970 e incio da dcada de 1980, quando o movimento Black Rio decolou e se espalhou por outras capitais brasileiras.
A cultura soul chegou ao Brasil na dcada de 1970, trazendo consigo os ecos da efervescncia poltica e cultural que redundou na luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Era um momento em que a juventude negra brasileira, especialmente a perifrica, tinha poucas oportunidades de ascenso social, a despeito do senso comum, constantemente reafirmado, de que no Brasil no existia preconceito racial.
Neste contexto, os bailes soul realizados nos clubes da periferia do Rio de Janeiro a partir de 1972 e que deram origem ao movimento Black Rio tornaram-se territrio de florescimento de uma identidade negra ancorada na cultura black/soul e de uma conscincia das diferenas sociais que separavam negros e brancos no Brasil. Esse espao incomodou os militares a ponto de movimentarem o aparato repressivo do regime, que, por meio de seus agentes, acompanhava de perto os bailes.
Um olhar sobre a cultura soul abre ao professor possibilidades de trabalhar em sala de aula no s o perodo da ditadura em si, mas tambm outras formas de resistncia s ideias vigentes durante o regime autoritrio que extrapolaram o campo da poltica.
Palavras-chave: Ditadura Militar; Soul Music; Movimento Black Rio
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Emanuel Antunes da Silva Holanda (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Seno um dia, por qualquer pretexto, nos botam cabresto e nos do rao: construir um ensino de Histria antirracista na escola brasileira do sculo XXI.
Resumo:O presente artigo busca realizar uma reflexo sobr...
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Resumo:O presente artigo busca realizar uma reflexo sobre o papel da histria escolar na desestruturao do racismo. Entendemos que o ensino de Histria um dos vrios meios no combate s atitudes racistas e segregacionistas, sendo assim necessrio que tal ensino encaminhe mecanismos que nos possibilitem autonomia enquanto comunidade escolar neste campo discusses. Espaos que fomentem anlises sobre atos, costumes, expresses lingusticas e concepes presentes no senso comum e na prpria produo historiogrfica, como as noes de democracia racial e ideais de beleza baseado na branquitude. A escola se constitui como um espao de interaes polticas e culturais, pretendemos analisar estas relaes, com foco na didtica da Histria, pensando formas de atuao que estabeleam um elo entre a reconhecimento da histria da populao negra, as imagens constitudas sobre nosso ado e a necessidade de uma luta antirracista em todos os ambientes escolares, seja na sala de aula, nos corredores, nas reas de convivncia ou na prpria organizao da gesto escolar. Pensar uma escola plural e democrtica nos leva at um debate mais srio e aprofundado sobre prticas antirracistas no ensino de Histria. Indo para alm de datas comemorativas ou aes espordicas, reconhecemos que esse debate deve ser prtica constante, norteando as aes do professor e do aluno, ando do discurso para as aes cotidianas, observando narrativas que evidenciem o negro como sujeito de suas trajetrias no ado e no presente, principalmente em eventos histricos onde a populao negra descrita como iva. Pretende-se no trabalho ponderar sobre novas formas do fazer educacional, adequadas aos nossos tempos e necessrias para a busca por justia social, analisando o papel do professor nestas transformaes, do ambiente escolar que necessita ser modificado e o aluno como sujeito ativo.
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Joo Carlos Escosteguy Filho (IFRJ)
Escravido sem partido nas redes sociais
Resumo:O tema desta comunicao so as maneiras pelas qua...
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Resumo:O tema desta comunicao so as maneiras pelas quais certos temas sensveis, notadamente a escravido e suas decorrncias, so abordados nas redes sociais, fundamentalmente o Facebook, a partir de espaos virtuais que se apresentam com a pretenso de construir narrativas conservadoras historiograficamente adequadas. Nosso foco sero pginas associadas ao movimento Escola sem Partido (ESP) e os mecanismos por elas utilizados para construir narrativas e imagens sobre o ado que atravessem temas sensveis da formao brasileira, especialmente aquelas relacionadas questo da escravido e dos Direitos Humanos, e fundamentalmente aqueles que visam "negao" de saberes produzidos academicamente, considerados "esquerdistas". Nossa hiptese central que algumas dessas narrativas virtuais ditas "conservadoras" tm ganhado fora explicativa que ultraa lgicas consolidadas da cincia histrica, embora no renunciem a um status de "verdade" que, no mnimo, equivalha aos espaos tradicionais de produo historiogrfica, como a universidade; nas manifestaes mais explosivas, essas narrativas afirmam buscar "recuperar" a "Histria que nos foi negada". Dessa maneira, essas narrativas alcanam espao junto a um pblico que as abordagens mais consolidadas, especialmente por influncia de propostas ligadas Histria Pblica, vinham disputando em outra direo. Nosso quadro terico a orientar a pesquisa parte das reflexes de Biesta (2010; 2013), de Sacavino e Candau (2008) e de Rsen (2001; 2007) a respeito da necessidade de construo de uma educao verdadeiramente democrtica em suas relaes com a temtica dos Direitos Humanos e das reflexes a respeito de um Ensino de Histria que privilegie uma conexo entre a reflexo epistemolgica acerca dos fundamentos da disciplina ao uso da Histria para a vida humana prtica. Da mesma maneira, indispensvel nossa discusso o entendimento da concepo de vises de mundo como relacionada produo de ideologias, seguindo as reflexes de Antnio Gramsci (1995), cuja influncia atravessa toda nossa reflexo. Nosso objetivo maior que a anlise dessas formas virtuais de tratamento histrico nas discusses do presente possa ajudar a compreender duas questes urgentes com que lidamos: 1) que mecanismos de produo de interpretaes sobre o ado ganham alcance significativo em espaos virtuais to ados atualmente, em especial pelas geraes mais jovens? 2) de que maneira conhecimentos acadmico e no-acadmico podem se relacionar na construo de uma conscincia histrica mais aberta a uma educao verdadeiramente democrtica e emancipatria?
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Adriana Ribeiro de Araujo (UPE - Universidade de Pernambuco)
Ensino de Histria e Culturas Indgenas: desafios e propostas para abordagem da temtica indgena na sala de aula
Resumo:O ensino de Histrias e Culturas indgenas motiv...
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Resumo:O ensino de Histrias e Culturas indgenas motivo gerador de muita reflexo e debate na atualidade por parte daqueles que se preocupam com os desafios que ainda existem para a execuo dessa temtica nas escolas. Pensando nisso, o presente artigo, tem como objetivo apresentar possibilidades de abordagem para a superao dos esteretipos acerca dos povos indgenas na Educao Bsica.
A Lei 11.645/08 que tornou obrigatrio o Ensino de Histria, Culturas Africanas, Afro-Brasileiras e Indgenas significa uma importante conquista advinda por meio de luta por representatividade desses povos, mas no resultou em soluo final para a discusso da temtica indgena na sala de aula. A partir de ento, uma problemtica muito importante veio tona, trata-se de como esses povos aram a ser visibilizados no contexto escolar.
Os desafios para o cumprimento da lei se inserem, nesse contexto, e implicam vrios fatores que esto envolvidos e inteiramente interligados para o processo de desconstruo de uma viso extica, minimalista e folclorizada desses povos, que ou a ser disseminada em diversos mbitos da Educao Bsica. Demonstrando, assim, que s a implantao da lei no foi suficiente, mas um o, que implica em muitos outros, dentre as quais, destaca-se a formao dos professores e as prticas de ensino utilizadas.
As propostas para o ensino de Histria e Culturas Indgenas na Educao Bsica apontadas no presente estudo so resultado de um compilado de possibilidades, baseadas nos desafios encontrados. importante salientar que elas no servem como nicas, prontas e acabadas para o tratamento dessa temtica na sala de aula. Considera-se de suma importncia, que o professor articule os contedos com base nas especificidades e adaptaes necessrias do seu pblico alvo. Por tanto, elas servem como possveis caminhos, para os quais considera-se algumas das mltiplas possibilidades mais veis para ensino de Histrias e Culturas Indgenas.
Os desafios e propostas traados neste trabalho, foram compiladas com base em uma reviso documental que contempla a Lei 11.645/08 e da reviso bibliogrfica crtica ao tema. Optou-se por uma abordagem exploratria, porm fundamentada em uma reviso de literatura que aponta como e os estudos de Fonseca (2003), Funari (2016), Silva (1995), Silva (2018), Silva (2002), Silva (2017), entre outros. Espera-se com este estudo, contribuir para as discusses acerca da implantao da Lei 11.645/08 e fornecer subsdios para professores enfrentarem os desafios para o Ensino de Histria e Cultura Indgena.
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Jssica Lcia da Assumpo (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina), Adriana Aparecida Belino Padilha de Biazi (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Os mitos de origem do povo Guarani e Kaingang na educao escolar indgena
Resumo:O Brasil apresenta uma diversidade de povos indge...
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Resumo:O Brasil apresenta uma diversidade de povos indgenas, que possuem culturas, lnguas, tradies, cosmovises, educao tradicional e histrias diferentes. A educao tradicional indgena o educar a criana indgena desde cedo aos conhecimentos mltiplos, que vai desde sua subjetividade a coletividade, alm de estarem conectadas s prticas religiosas e ritualsticas do seu povo. o explorar o espao fsico, numa formao de conhecimento sobre a natureza, as plantas e os animais.
O aprendizado se baseia nas danas, cantos, artes, na educao corporal, na observao das prticas cotidianas, na escuta atenta aos conhecimentos dos mais velhos, que so as pessoas mais sbias para os povos indgenas. Dentro dessa escuta rege o respeito ao conhecimento ancestral que envolve as crenas e as mitologias. Os mitos para os povos indgenas so as histrias verdadeiras, adas de gerao em gerao atravs da oralidade. O mito traz as histrias desde a origem de cada povo indgenas, as vises de mundo, cosmologias e os ensinamentos importantes para a organizao social da comunidade e do ser indgena.
A educao escolar indgena muito recente na histria dos povos indgenas, tendo em vista que so povos antigos e que antes da invaso dos europeus j possuam processos polticos, sociais e educativos prprios. O processo de colonizao no Brasil, fez com que se implantasse um modelo de escola europeia, ligadas as misses religiosas. A educao escolar para os povos indgenas foi atrelada a formao religiosa e ao ensinamento para civilizar. Portanto, suas prticas religiosas, histricas e processos educativos foram invisibilizadas, mas com a luta do movimento indgena se conseguiu uma educao diferenciada, intercultural e bilngue, garantida pela Constituio Federal de 1988.
Atualmente as prticas da educao tradicional fazem parte dos currculos das escolas indgenas, isso demostra a resistncia dos povos indgenas e a valorizao da educao tradicional. a partir da autonomia dos professores indgenas que suas histrias (mitos) esto fazendo parte do dia-a-dia nas escolas.
Esta comunicao resultante das nossas pesquisas que permitem a anlise da relao das histrias de origem do povo Guarani e Kaingang de Santa Catarina com a educao escolar indgena. As histrias so compartilhadas em sala de aula pelos professores indgenas, atravs dos conhecimentos tradicionais que aprenderam pela oralidade e que de forma didtica e com a metodologia do uso das narrativas histricas de cada povo, os alunos expressam a partir das artes, uma forma de manter presente a tradio e cultura do povo Guarani e Kaingang.
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Samanta Botini (UEL - Universidade Estadual de Londrina)
Feminismo no tempo e tempos de feminismos: As compreenses histricas de estudantes jovens sobre os direitos das mulheres.
Resumo:O Movimento Feminista carrega consigo importantes ...
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Resumo:O Movimento Feminista carrega consigo importantes componentes que contriburam para que as questes referentes aos direitos das mulheres adentrassem o debate pblico, e assim, garantisse conquistas efetivas a populao feminina. Caminhando neste sentido, o presente trabalho trata de uma parte da pesquisa apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Histria Social da Universidade Estadual de Londrina (UEL) pela linha de pesquisa em Histria e Ensino, que objetivou compreender as ideias histricas dos estudantes acerca do Movimento Feminista.
Tomando por base a sociedade patriarcal em que os agentes da pesquisa esto inseridos, estudantes jovens da Educao Bsica, foi utilizado um questionrio como ferramenta de coleta de narrativas enquanto mtodo ancorado no campo de conhecimentos da Educao Histrica. A afirmao colocada aos estudantes e detida nesse trabalho diz respeito a Homens e mulheres possuem os mesmos direitos atualmente, ento o feminismo seria desnecessrio. A presente afirmao buscava coletar dados acerca da cognio histrica e o modo como os estudantes compreendem os agentes sociais balizados na discusso de gnero.
As narrativas produzidas pelos estudantes foram categorizadas em ideias explicativas elaboradas, menos elaboradas e sofisticadas, tomando por base o modelo de progresso de ideias do historiador ingls Peter Lee (2003). As narrativas menos elaboradas apresentaram uma amostragem que formou o panorama de ideias que indicavam caminhos que no se ancoravam na cincia histrica como forma de criar paralelos, comparaes temporais, e que por vezes carregaram expresses de preconceito.
As narrativas mais elaboradas se trataram das concepes dos estudantes que se utilizam da cincia histrica para se posicionarem, mesmo com algum tipo de carncia, entretanto que possuem um sentido mais crtico.
As ideias sofisticadas foram aquelas que esboaram relao com conhecimentos histricos e se utilizaram da cincia histrica como forma de referncia na formulao dos posicionamentos. No se buscou respostas com base em juzo de valor, podendo conter nas ideias sofisticadas expresses de preconceito, porm que mobilizassem conhecimentos histricos acerca da temtica.
Portanto, as ideias explicativas dos estudantes trouxeram possibilidades investigativas de compreenso sob a forma como os conhecimentos dos jovens se expressam referente as pautas feministas e de gnero, permitindo inferir questes sobre as carncias produzidas no processo de ensino-aprendizagem, a ausncia de debates sobre a temtica, bem como a forma com que o debate pblico tem encabeado a discusso sobre as pautas feministas que refletem nas concepes dos jovens estudantes.
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Kassia de Luna (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
O ensino de histria diante dos novos contedos escolares: a histria no cotidiano dos estudantes.
Resumo:O ensino de histria, sofreu vrias modificaes a...
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Resumo:O ensino de histria, sofreu vrias modificaes ao longo do tempo, assumindo posturas, muitas das vezes polticas, que dialogavam com a ideologia de quem estivesse no poder, para a formao do estudante. Diante deste cenrio, os contedos abordados pela disciplina, no tratava de temas que inclussem a diversidade cultural, racial e sexual. Porm, logo aps o trmino do regime militar, houve a diversificao dos alunos dentro das salas de aula, fato este que permitiu acontecer uma reformulao dos temas que eram abordados, sobretudo no que diz respeito a disciplina da histria, ando a contar com temas que abrangiam as diversidades que se encontram nos espaos escolares, ganhando ao ar do tempo o objetivo de formar o cidado e o senso crtico dos educandos. Hoje, essa incluso de temas, contam com documentos, que assegurem que esses contedos, sejam discutidos e estejam presentes, nos livros didticos, e nos planejamentos anuais, um exemplo que tomaremos so os PCNs, que trazem como proposta, os temas transversais, que visam tratar de temas do cotidiano dos alunos dentro dos espaos educacionais. Mediante a isso, analisaremos como as diversas matrizes culturais aram a ser retratadas no ensino, verificando por meio de pesquisas e dos documentos educacionais, como a educao cultural pode ser trabalhada na disciplina da historia. Contudo, para chegarmos nesse objetivo, faremos um breve levantamento de como a histria ja foi ensinada durante perodos anteriores, destacando os seus aspectos e objetivos que a mesma desempenhava, para podermos verificar as mudanas que a disciplina sofreu e analisarmos como a cultura, exerce um papel importante na formao cidad e crtica dos estudantes brasileiros, principalmente, nos estudantes que vivem em situaes de pobreza e marginalizao.
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Izadora de Souza Vieira (UFPB - Universidade Federal da Paraba), Maria Clara Lima de Menezes (UFPB - Universidade Federal da Paraba)
A presena indgena na construo do Brasil - a extenso universitria como um dos caminhos para implementao da Lei 11.645/2008
Resumo:A promulgao da Lei de nmero 11.645/08 instituiu...
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Resumo:A promulgao da Lei de nmero 11.645/08 instituiu um curioso dilema na educao bsica. Se por um lado ela chama ateno para a negligncia com que a questo indgena era tratada na educao, por outro, a inexistncia de programas nacionais de formao docente permitiu que antigos preconceitos continuassem a ser disseminados e justificados pela prpria Lei. O ensino da questo indgena necessita ser realizado de forma dinmica e viva, apresentando essas coletividades ao tempo presente. Inseridos numa teia completa que os articula a outros atores sociais e com eles concorrem na construo dos seus prprios projetos de futuro. O presente projeto Trajetrias indgenas: materiais didticos para implementao da Lei 11.645/2008 consiste em uma atividade de extenso com foco na educao bsica e objetiva fornecer a docentes, licenciandos e estudantes, uma ferramenta didtica para o ensino da questo indgena; assim como fornecer subsdio crtico para analisar a relao entre indgenas e no indgenas e a participao dos primeiros na formao da histria do Brasil. Como resultado at o momento, tem-se 8 (oito) narrativas biogrficas produzidas Francisco Rodelas (ndio Rodelas), Pedro Poty, Felipe Camaro, Guiragibe, Antnio Paraupaba, Tibiri e Zorobab. Somada as biografias indgenas, outro pilar do projeto a produo de jogos didticos para composio de uma cartilha mais aprofundada da cultura e histrias indgenas, sendo essa, o objetivo final do projeto. Os jogos dividem-se em vrios tipos pintar, dos sete erros, de tabuleiro, palavras cruzadas, labirinto, entre outros e se colocam como um dos exemplos educacionais para atingir as mais variadas faixas etrias. Adota-se uma metodologia qualitativa, que conta com pesquisa bibliogrfica em acervos documentais, localizados em instituies de memria da Paraba, como o IHGPB (Instituto Histrico e Geogrfico da Paraba), o acervo Histrico da Paraba, a Fundao Casa Jos Amrico, como tambm, em acervos digitais, dentre eles, o projeto Resgate, os relatos de presidentes da Provncia e bibliotecas especializadas. A partir da construo das biografias e dos jogos, objetiva-se construir imagens e informaes que permitam a toda comunidade compreender diversos momentos histricos, alianas e conflitos estabelecidos entre diversos grupos; bem como oferecer uma leitura crtica dos materiais escritos e imagticos que auxiliaram por tanto tempo na reproduo de imagens deturpadas sobre os povos indgenas e que foram atualizados ao longo do tempo. O projeto desenvolvido na Universidade Federal da Paraba (UFPB) e orientado por Rita de Cssia Melo Santos (DCS) e articulado ao projeto Os brasis e suas memrias coordenado por Joo Pacheco de Oliveira (UFRJ).
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ST 06 - Sesso 3 - Sala 06 - Dia 18/09/2020 das 14:00 s 18:00 1c1o5s
Local: Sala 06
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Clara Marques Souza (PUC-RIO - Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro)
O ensino de histria na Base Nacional Comum Curricular e novas epistemologias: limites e possibilidades
Resumo: Entre 2015 e 2018, o cenrio educacional brasilei...
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Resumo: Entre 2015 e 2018, o cenrio educacional brasileiro foi sacudido pela construo da Base Nacional Comum Curricular. O documento, agora j em vigor, tem como objetivo orientar as confeces de currculo em todo o pas, que devem apresentar, como denominador comum obrigatrio, a construo de percursos educativos que garantam o cumprimento de objetivos de aprendizagem determinados pela BNCC. Com sua legitimidade construda a partir da recuperao do Plano Nacional de Educao (2014-2024) e da mobilizao de uma srie de grupos pblicos e privados, as discusses s se complexificaram durante a elaborao do documento. Afinal de contas, a confeco de um texto dessa importncia envolve, como compreendem as teorias crticas e ps-crticas de currculo, uma srie de dissensos; no caso da narrativa histrica escolar, essa discusso envolve, sobretudo, diferentes concepes de ensino de histria em jogo no cenrio educacional e acadmico brasileiro: (i) aquela que, praticamente unnime at os anos 1990, representa uma tradio sustentada na histria quadripartite da civilizao, sob uma perspectiva pretensamente totalizante e certamente masculina e eurocntrica, que se consolida, na escola, a partir de narrativas
frontais e de estratgias didticas pouco problematizadoras; (ii) aquela que, a partir da
crtica primeira concepo, vem buscando criar alternativas didticas, polticas e
epistemolgicas tradio moderna, valorizando sujeitos historicamente invisibilizados
e defendendo novos paradigmas epistemolgicos.
Percebendo novos caminhos epistemolgicos traados a partir da realidade escolar e para o ensino de histria, meu objetivo com o presente trabalho apresentar e discutir criticamente a incorporao de novas propostas epistemolgicas e suas narrativas no ensino de histria, compreendendo seus limites e possibilidades. Os referenciais tericos da pesquisa se estruturam a partir da contribuio das teorias ps-crticas de currculo, dos movimentos ps-colonial e decolonial, da Pedagogia Decolonial e de suas relaes com a interculturalidade, o antirracismo e a valorizao das diferenas. Metodologicamente, mobilizo a anlise de contedo do documento curricular, em dilogo com o campo da Histria Cultural, reafirmando o lugar da pesquisa em dilogo com os campos, referenciais e saberes da Histria e da Educao. Defendo, a partir do contedo analisado, que, apesar dos avanos apresentados na BNCC, sobretudo no que diz respeito ao direito e acolhimento da diferena e presena de novas narrativas, h a manuteno de uma ordem tradicional moderna no ensino de histria. Busco interpret-lo, ainda, luz das disputas polticas e epistemolgicas que envolvem diferentes grupos, pblicos e privados, no Brasil, e cujo cerne de disputa vem sendo, essencialmente, a tenso narrativa e epistemolgica entre a tradio moderna e sua possvel ruptura.
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Gabrielle de Souza Oliveira (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria), Taiane Anhanha Lima (Ps-graduanda)
Leitura e debate de textos literrios: uma prxis de Histria em um espao de ensino no-formal
Resumo:A literatura geralmente tida como um instrumento...
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Resumo:A literatura geralmente tida como um instrumento de divertimento e entretenimento aos indivduos que gostam de desfrutar das viagens que os livros so capazes de nos proporcionar sem que precisemos sair do lugar. Tal como a defesa feita por Marc Bloch na introduo de Apologia da Histria ou o ofcio do historiador (2001) acerca da importncia da Histria, tambm a existncia e a prtica literria poderiam se justificar essencialmente porque elas entretm. Contudo, para alm de entreterem, vivenciar e estudar uma produo literria pode ter um potencial formativo e aqui estamos pensando nos conhecimentos histricos desenvolvidos a partir das relaes estabelecidas entre Literatura e Histria.
A oficina intitulada Leitura e debate de textos literrios foi proposta como atividade da disciplina Prtica de Ensino em Histria D do curso de Histria Licenciatura da UFSM e teve como eixo central a temtica tnico-racial e a representao de indivduos negros em livros de literatura. Entre uma das questes principais que abordamos est o seguinte questionamento: por qual motivo, ao lermos livros de literatura (que no abordam a temtica do racismo) no imaginamos as personagens como pessoas negras?
Alm disso, pretendemos trabalhar com a) casos polmicos que a representao de determinadas personagens de algumas literaturas tiveram na contemporaneidade; b) a presena da temtica racial em produes literrias; c) pensar a literatura em uma perspectiva histrica, pontuando que toda produo literria dotada de uma dupla historicidade: as caractersticas do tempo e espao em que produzida e do tempo e espao em que est sendo lida;
Dois de nossos encontros, o segundo e o quarto, foram um debate a partir de obras literrias. Nesses trabalhamos O dio que voc semeia da Angie Thomas e Quarto de despejo: o dirio de uma favelada de Carolina Maria de Jesus, respectivamente. Para esses encontros lemos as duas obras e selecionamos trechos que julgamos importantes para abordar a temtica da representao de personagens negras e os enredos dessas histrias. No terceiro encontro, ainda que tivesse O dio que voc semeia como cenrio de fundo do debate, abordamos a representao de negras e negros no discurso miditico, uma vez que este um dos pontos ao redor do qual gira o enredo da histria.
No primeiro encontro optamos por realizar uma dinmica com os presentes antes de comunicar a elas/eles qual era a temtica que pretendamos abordar. Dessa forma conseguimos chegar discusso da ausncia/pouca representatividade de negras/negros em representaes de personagens ficcionais, bem como do privilgio da branquitude, inclusive, no processo imaginativo.
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Pedro Felipe Ribeiro Silva (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
O uso do texto literrio em um ensino contra-hegemnico
Resumo:O trabalho a seguir tem a pretenso de analisar as...
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Resumo:O trabalho a seguir tem a pretenso de analisar as alternativas pedaggicas para construir um processo crtico e contra-hegemnico de ensino e aprendizagem de Histria, utilizando o texto literrio como recurso didtico desse procedimento educacional.
No final do sculo XX, com as novas perspectivas historiogrficas que foram recepcionadas no Brasil, a disciplina escolar de Histria pensada de acordo com a diversidade sociocultural brasileira, assegurando a produo regional e local de contedos histricos, na concretizao dos currculos. Assim, priorizando a aproximao do contedo com o cotidiano do estudante e apresentando outros agentes histricos que foram silenciados pela escrita tradicional da Histria poltica local. Para tanto, esse estudo apresenta a filosofia da prxis como possibilidade pedaggica de construir um processo de ensino e aprendizagem de Histria, que relaciona o contedo escolar com a realidade histrica. A filosofia da prxis um conceito desenvolvido pelo filsofo italiano Antonio Gramsci (2001) e utilizado por Paulo Freire (2019), na obra Pedagogia do Oprimido. Atravs desse procedimento metodolgico possvel analisar os sujeitos que foram excludos pela Histria hegemnica.
A partir dessa relao entre o ensino de Histria e uma narrativa histrica local, vem a seguinte questo: qual o recurso didtico pode ser oferecido ao estudante como ferramenta de leitura para ele pensar na possibilidade de outras narrativas sobre a cidade do Recife? Dentre os trabalhos produzidos no campo historiogrfico, os quais relacionam a Histria com outras linguagens, optou-se pelo uso do texto literrio para como recurso para um ensino contra-hegemnico de Histria, entendendo ser possvel encontrar em narrativas ficcionais, aproximaes com a realidade vivenciada pelo autor, e de situaes de opresso, sofridas pelos personagens.
Sendo assim, atravs da estrutura de sentimentos, um procedimento metodolgico desenvolvido pelo crtico literrio Raymond Williams (1989), para analisar as representaes histricas contidas nas narrativas literrias, possvel investigar a relao entre a produo de uma obra literria, com as ideias de um grupo social sobre as mudanas estruturais, as quais ocorreram em determinado perodo histrico. Com base nesse mtodo, analisou-se o romance Homens e Caranguejos (2003), escrito por Josu de Castro, um intelectual brasileiro que desenvolveu vrios estudos sobre a fome e os problemas de desigualdades sociais. Essa narrativa lana um olhar sobre sujeitos que foram excludos na cidade de Recife, durante o processo de urbanizao do seu espao, na primeira metade do sculo XX. Nesse sentido, o presente estudo dispe de ferramentas interdisciplinares para construir outras narrativas, que discutam questes da realidade histrica de Recife.
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Luciano Braga Ramos (Magistrio Pblico do Estado do RS.)
O ensino de histria no contexto do Sesquicentenrio da Revoluo Farroupilha 1985: problemticas para o ensino no tempo presente
Resumo:Resumo: O presente trabalho implica em propor uma ...
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Resumo:Resumo: O presente trabalho implica em propor uma reflexo crtica que remete ao ensino de histria na atualidade nas escolas de Ensino Fundamental e Mdio do Rio Grande do Sul. Minha prtica de professor de histria associada aos meus objetos de pesquisa me levaram a reflexo atual sobre a forma que ainda as escolas no Rio Grande do Sul trabalham os objetos de memria associados a Revoluo Farroupilha. Ainda no tempo presente, a forma como se representa a memria farroupilha nos meios escolares mostra a estagnao dessa histria que insiste em cultuar os vultos do ado. A problemtica se d, sobretudo, pelo fato das comemoraes da Revoluo Farroupilha ainda, a cada 20 de setembro, envolver a comunidade escolar em comemoraes que no conseguem escapar do contexto pedaggico-cvico. Nesse sentido, procurei refletir sobre minha prtica de pesquisa, que tem por objeto as comemoraes do Sesquicentenrio da Revoluo Farroupilha, com a minha observao sobre as possibilidades que proporcionaram que essa memria turvada fosse to difundida dentro do contexto escolas a ponto de criar dificuldades de uma discusso sobre seus elementos no campo da histria. Para embasar minha reflexo sobre o ensino de histria da Revoluo Farroupilha na sala de aula, busquei elementos que so importantes para relacionar com a formao atual desse ensino em sala de aula. Dessa forma, a presente comunicao tem por objetivo analisar o Currculo do Ensino de Histria elaborado pela Secretaria de Educao do Estado do Rio Grande do Sul, (SEDUC) para ser seguido pelas escolas de ensino regular durante o ano de 1985. O currculo foi criado especificamente para vincular o contexto escolar e o trabalho dos professores s comemoraes do Sesquicentenrio da Revoluo Farroupilha. O Governo do Estado via nessa proposta uma maneira de fazer com que, por meio do ensino de histria do Rio Grande do Sul, houvesse uma mobilizao da comunidade escolar em todo o Estado para que pudessem reelaborar a memria da revoluo por meio de um enquadramento de memria, que representasse uma memria com sentido de unidade comum dos sul-rio-grandenses naquele ado e que, novamente, fazia eco no presente. Como isso pode interferir ainda hoje no ensino em sala de aula? Meus estudos me levam a compreender que naquele contexto, a memria da Revoluo Farroupilha foi reapresentada comunidade. Esses movimentos criaram um exerccio de memria que o professor vai trabalhar com o referido tema se depara com sensibilidades construdas sobre uma base estagnada que pode criar um abismo entre uma histria tradicional dada como consolidada e o sentido que necessita de uma reflexo sobre aquele ado. Ai inicia-se a barreira que se quer traspor.
Palavras-chave: Histria Ensino Memria
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Flaviano Batista Ferreira (SEDUC PE)
A utilizao do jornal Dirio de Pernambuco como recurso didtico e a comemorao da Revoluo de 1817
Resumo:H mais de 200 anos, em solo pernambucano, iniciav...
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Resumo:H mais de 200 anos, em solo pernambucano, iniciava a revoluo que iria torna-se uma das mais importantes para a Histria do Brasil. Em poucos dias o movimento separatista ganhava adeses de outros estados do nordeste, fazendo com que perpetuasse vivo o desejo de uma ptria livre sem o julgo dominador portugus.
Para construo da presente pesquisa os alunos da Escola de Referncia em Ensino Mdio do municpio de Camutanga, Pernambuco, analisaram o jornal Dirio de Pernambuco, com a finalidade de entender como a sociedade pernambucana celebrou as agens do centenrio- 1917 e bicentenrio 2017 da revoluo de 1817, para aprofundamento fizemos analises literrias seguidas de debates.
Este Projeto fez parte da pesquisa desenvolvida no Seminrio de Cincias Humanas da Rede Pblica Estadual de Pernambuco: Com quantas Revolues de faz um bicentenrio? Realizado em 2017 em aluso a comemorao da insurreio Pernambucana de 1817, e de acordo com as leis - Lei Estadual N 13.386, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2007 que insere a data como Magna no Estado de Pernambuco, e a Lei que cria o calendrio oficial de eventos e datas comemorativas do estado.
O objetivo do trabalho foi analisar como a sociedade pernambucana comemorou as agens do Centenrio e Bicentenrio da Revoluo de 1817 de acordo com as informaes encontradas no Jornal Dirio de Pernambuco. Partindo como pressuposto o ato de memorar e celebrar uma data to importante para a Histria do Brasil e de Pernambuco. Quanto mais o aluno sentir a histria como algo prximo dele, mais ter vontade de interagir com ela, no como uma coisa eterna distante, mas como uma pratica que ele se sentir qualificado, inclinado a exercer. Com isso, os alunos puderam aprofundar conceitos do ato de fazer Histria, o que na viso de Michael Certeau, isso seria uma Operao Historiogrfica , na utilizao e manipulao de fontes documentais segundo suas escolhas e questionamentos.
A pesquisa foi realizada em duas turmas do 2 ano da Escola de Referncia em Ensino Mdio Pedro Tavares da cidade de Camutanga, Pernambuco, e teve como contedo A Revoluo Pernambucana de 1817, assunto abordado no livro didtico utilizado na escola , foi composta de 6 aulas com durao de 50 minutos.
Ao trmino da pesquisa compreendemos que cada sculo comemorou a agem da Revoluo com muita alegria, festas e cerimnias nas quais o nico papel era fazer com que os pernambucanos de cada perodo conhecessem e enaltecesse os personagens e a Histria libertria pernambucana.
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Tuca Henrique Verosa Carneiro de Andrade (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Os desafios que a BNCC do Ensino Mdio traz para o Ensino de Histria: ouvindo professores da rede pblica estadual
Resumo:A educao um campo de disputas, pois ela reflet...
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Resumo:A educao um campo de disputas, pois ela reflete uma concepo de sociedade e um instrumento para a realizao dessa sociedade. Alm disso, a educao o grande mercado do sculo XXI, sendo cobiada por empresrios de vrias partes do mundo. Assim sendo as disputas em torno da educao se do numa arena de luta entre a educao como direito e a educao como mercadoria. Esse conflito, entre educao republicana e educao neoliberal antigo no Brasil. Porm com os acontecimentos polticos de 2016 o impedimento, por meio de um golpe miditico parlamentar, do mandato da presidenta Dilma Rousseff levaram a um aprofundamento da concepo neoliberal na educao, materializada na reforma do ensino mdio lei 13.415/2017 e pela aprovao da nova BNCC. Acreditamos que esses dois acontecimentos pem em xeque o ensino de Histria, que deixa de ser obrigatrio no Ensino Mdio. Nesse sentido o presente texto visa apresentar a viso de professores da rede pblica do estado de Pernambuco sobre a BNCC para a rea de Histria, bem como apresentar as dificuldades e as limitaes que o ensino de Histria ter que superar por conta dessas leis. Cabe-nos perguntar a quem servir o ensino de Histria proposto pela BNCC e se os nossos professores da rede estadual tm formao para trabalhar com as habilidades e competncias previstas pela BNCC, caso eles no tenham essas habilidades o Estado fornecer formao continuada? Haver culpados caso os resultados nos exames em larga escala no caso especfico o ENEM apresentem uma diminuio da nota? Esses culpados sero os professores, os alunos, ou o Estado? So questes sensveis e que a depender das respostas que tenhamos podem apresentar um vetor de privatizao da nossa educao pblica, que cada vez mais deixa de ser vista como um direito e a a ser compreendida como mercadoria.
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Emanuel Lopes de Souza Oliveira (Prefeitura Municipal do Jaboato dos Guararapes)
Compreenso e pensamento histricos em debate: a construo do saber histrico escolar no uma justaposio de pontos de vistas
Resumo:J faz algum tempo que os professores de histria,...
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Resumo:J faz algum tempo que os professores de histria, os estudantes tambm, vm enfrentando uma expanso de discursos no histricos sobre histria. Com efeito temos uma indiferenciao problemtica dos significados do que se entende por memrias, histria, narrativa, ou fico. A ampliao no senso comum do sentido da palavra narrativa, por exemplo, confundindo a defesa de histrias plurais, ou os perigos de uma histria nica (Chimamanda, 2009 ), com o que se convencionou nomear na contemporaneidade de guerra de narrativas, traz implicaes didtica da histria no sentido da diferenciao entre a compreenso histrica e o pensamento histrico (Laville, 2006; Munakata, 2009; 2015). O objetivo deste artigo dimensionar a crtica do que estamos entendendo por pensar historicamente na construo do saber histrico escolar. Em outras palavras, pretendemos demarcar a questo em aberto da complexidade de como uma epistemologia da histria estruturada na perspectiva narrativa venha a ser didatizada na forma de outra narrativa, a narrativa histrica escolar (Gabriel, 2003; 2015). Partimos de experincias de aulas de histria analisadas por alguns especialistas no campo do ensino de Histria, assim como da anlise de fragmentos da produo textual de estudantes envolvidos em atividades promovidas pela nossa prtica docente. A pesquisa foi norteada pela argumentao de Sam Winenburg (2019) de que o pensamento histrico desenvolvido nas escolas no estava sendo sobre Histria. Assim, desenvolvemos que no se ensina histria por processos didticos de confrontao entre tipos de histria (narrativa) relacionados a determinado contedo (fato histrico). A didatizao luz do pensamento histrico na histria escolar no uma justaposio de pontos de vista, na qual o contedo um tipo de histria, algo por si s definido e sem necessidade de problematizao, que se compara um com o outro, e o ensino, desse contedo, se reduz a um transporte de um ponto de vista de um contedo para outro ponto de vista dele. Conclumos que os desafios da didatizao na histria escolar est relacionada a uma mnima ou por assim dizer ausncia de discusso, entre os historiadores e suas principais associaes, sobre a funo social do conhecimento histrico (Oliveira, 2003). De modo que a dimenso pblica do conhecimento histrico pode ser prejudicada medida em que alguns historiadores minimizam a importncia da questo terico-metodolgica (Reis, 2011) ao produzirem conhecimento. A falta desta explicitao levam os profissionais de histria a perderem espao para outros personagens que falam apenas sobre histria, embora no a produzam, ou queles que insistem em equipar-la s narrativas ficcionais, estrategicamente dentro da disputa poltica pelo direito ao ado.
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Matheus Siqueira Barboza (UPE - Universidade de Pernambuco)
Ditadura Militar e Teatro no Ensino de Histria: Um relato de experincia.
Resumo:Ditadura Militar e Teatro no Ensino de Histria: U...
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Resumo:Ditadura Militar e Teatro no Ensino de Histria: Um relato de experincia.
MATHEUS SIQUEIRA BARBOZA
MARIA LANA MONTEIRO
Resumo: O trabalho um relato de experincia sobre atividades desenvolvidas na escola Professor Mrio Matos, municpio de Garanhuns no segundo semestre de 2019, como parte das atividades de Estgio Supervisionado II. Com esta proposta investigou-se de forma prtica a insero da linguagem artstica teatral na escola e na vida dos estudantes e os aspectos relevantes ao ensino de Histria. A pesquisa-ao foi a metodologia escolhida (THIOLLENT, 1986; TRIPP, 2005) tendo como base interpretativa o conceito de experincia de Walter Benjamim (BENJAMIM, 1985) e Larossa (BONDA, 2002) e referncias sobre uso das artes cnicas no ensino de Histria (ALMEIDA, 2016; VASCONCELOS, 2011). Aps as aulas ministradas sobre a Ditadura Militar e a redemocratizao foi criado um grupo para estudo de tcnicas e conceito teatrais, bem como ensaios que resultaram na apresentao do texto autoral Por Favor De Notcias Para Minha Me At Hoje Ela Espera Por Mim. A apresentao feita para estudantes e funcionrios do colgio contou com aproximados cinquenta espectadores. Dentro dos resultados ressaltamos a importncia do envolvimento dos participantes com os temas trabalhados por meio da arte, que como expresso sensvel consegue aproximar os estudantes dos acontecimentos vivenciados, alm de quebrar com a rotina, mostrando o conhecimento como processo e empregando outro ritmo e relao com os contedos, que em a ser significativos no s para as atividades escolares, mas para a formao de uma conscincia histrica e sua prxis (CERRI, 2001; FREIRE, 1996).
Palavras-Chave: Ensino de Histria; Teatro; Ditadura Militar;
Referncias Bibliogrficas:
ALMEIDA, M. H. G. O Teatro como linguagem no Ensino de Histria: Relato de Experincia. Fatos e Conexes, v. 9, n. 16, p. 111, 2016.
BENJAMIM, W. Experincia e pobreza. In: Magia e tcnica, arte e poltica: Ensaios sobre literatura e histria da cultura. 3a ed. So Paulo: Editora Brasiliense, 1985. p. 114120.
BONDA, J. L. Notas sobre a experincia e o saber de experincia. Revista Brasileira de Educao, n. 19, p. 2028, 2002.
CERRI, L. F. Os conceitos de Conscincia Histrica e os desafios da didtica da Histria. Revista de Histria Regional, v. 6, p. 93112, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessrios Prtica Educativa. 25a ed. So Paulo: Paz e Terra, 1996.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-ao. So Paulo: Editora Cortez, 1986.
TRIPP, D. Pesquisa-ao: uma introduo metodolgica. Educao e Pesquisa, v. 31,n. 3, p. 443466, 2005.
VASCONCELOS, C. P. O Teatro como Linguagem e Fonte no Ensino de Histria. XXVI Simpsio Nacional de Histria - ANPUH. Anais...So Paulo: 2011
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Emlio Albuquerque Fernandes (UFC - Universidade Federal do Cear)
Msica e Ensino de Histria do Cear
Resumo:A presente pesquisa estuda a possibilidade do uso ...
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Resumo:A presente pesquisa estuda a possibilidade do uso da Msica como recurso didtico em sala de aula para o ensino de Histria do Cear. Objetiva-se construir um produto didtico-pedaggico sobre Histria do Cear para a orientao dos discentes do Ensino Mdio, tendo como base o debate terico-metodolgico produzido pela historiografia mais recente sobre a produo, difuso e recepo da msica local. Para tanto, usaremos como referncia teses e dissertaes publicadas em Programas de Ps-Graduao em Histria, entre os anos de 2008 a 2019.
Por meio de um balano historiogrfico, observou-se que pesquisas dedicadas a investigar a relao entre Histria e Msica do Cear ganharam espao nos Programas de Ps-Graduao do pas nas ltimas dcadas. Ao todo iremos trabalhar com 3 teses e 9 dissertaes, cujo temas esto historicamente concentrados entre o fim do sculo XIX e o incio dos anos 80. Em comum, o fato de buscarem compreender a msica como fonte importante para desvendar as reelaboraes culturais que se traduzem em ritmos, danas e composies de setores sociais marginalizados dessa regio.
O interesse pela pesquisa surgiu ao constatar que esses trabalhos no chegavam na Educao Bsica, mesmo sendo teis como objeto de estudo e como fonte para a construo de capacidades voltadas aprendizagem do conhecimento histrico. Assim, a partir dessa inquietao, surgiu a ideia de construir com base nesses estudos um produto didtico-pedaggico para uma oficina de Histria do Cear, tendo como referncia as diretrizes disponveis no Documento Curricular Referencial do Cear DCRC, para o Ensino Mdio.
A construo das referncias curriculares na disciplina de Histria pera por grandes desafios, pois h um campo de disputas de ideias constitudo por historiadores que apontam para diferentes perspectivas terico-metodolgicas. A oficina em Histria do Cear tem como guia os componentes curriculares presentes no DCRC para a rea da Histria: a implementao da educao tnico-racial, relaes de gnero, a interculturalidade, a interdisciplinaridade, a articulao entre teoria e prtica, a pesquisa como princpio pedaggico e de iniciao cientfica.
Busca-se, portanto, criar um produto didtico-pedaggico com base no debate estabelecido nas teses e dissertaes selecionadas, que apontam para a possibilidade e, principalmente, a viabilidade do historiador tratar a msica como uma fonte documental importante para desvendar na Histria do Cear novas perspectivas sobre temas relativos s camadas socialmente vulnerveis (seus valores, crenas, costumes, tradies), movimentos migratrios, gnero, raa e relaes de trabalho, s tenses sociais que permeiam as construes territoriais e de identidades.
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