Resumo: Resumo: Representaes sobre o continente africano. Mdia, cinema, quadrinhos e ideologias sobre a frica.
Bibliografia:
APPIAH, Kwame Anthony. Na Casa de meu pai: a frica na filosofia da cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
BARRY, Boubacar. Senegmbia: o desafio da Histria Regional. CEAA. Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes, 2000.
HERNANDEZ, Leila. A frica na sala de aula: visita histria contempornea. So Paulo: Selo Negro, 2008.
KHAPOYA, Vincent. A experincia africana. Petrpolis: Editora Vozes, 2015.
KI-ZERBO, Joseph (Org.). Histria geral da frica, I: Metodologia e pr-histria da frica. 2.ed. rev. Braslia: UNESCO, 2010.
KI-ZERBO, Joseph. Para quando a frica? Entrevista com Ren Holestein. Rio de Janeiro: Pallas, 2006.
LIMA, Ivaldo Marciano de Frana. Representaes da frica no Brasil: Novas Interpretaes. Recife: Bagao, 2018.
MBEMBE, Achille. As formas africanas de auto-inscrio. Estudos Afro-Asiticos. Salvador: UFBA, Ano 23, n 1, 2001, p. 172-209.
MUDIMBE, Valentin Yves. Discurso de poder e o conhecimento da alteridade. In:___. A inveno de frica: Gnose, filosofia e a ordem do conhecimento. Mangualde (Portugal), Luanda: Edies Pedago; Edies Mulemba, 2013, p.15-42.
OBENGA, Thophile. Fontes e tcnicas especficas da Histria da frica Panorama Geral. In: KI-ZERBO, Joseph (Org.). Histria geral da frica, I: Metodologia e pr-histria da frica. 2.ed. rev. Braslia: UNESCO, 2010, p.59-75.
ST 02 - Sesso 1 - Sala 02 - Dia 16/09/2020 das 14:00 s 18:00 2r5326
Local: Sala 02
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Mrcio dos Santos Rodrigues (UFPA - Universidade Federal do Par)
Imagens e narrativas do quadrinista francs Jano sobre frica
Resumo:Partindo da premissa de que existem diferentes fr...
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Resumo:Partindo da premissa de que existem diferentes fricas inventadas nas e pelas histrias em quadrinhos e que estas precisam ser devidamente verificadas e explicitadas em seus aspectos histricos, optamos nesta comunicao por examinar as representaes sobre a frica criadas e postas em circulao nos trabalhos do cartunista/quadrinista francs Jean le Guay, mais conhecido como Jano. Trabalhos como "Sur La Piste Du Bongo" (lanado em 1986), Wallaye! Keubla e Kebra en frique (originalmente publicada em 1987) e Carnet d'Afrique (lanada pela primeira vez em 1986), idealizados pelo cartunista aps uma viagem por pases do continente em 1984, so tomados como objeto de anlise nesta comunicao. As duas primeiras obras mencionadas, produzidas no mbito da editora franco-americana Les Humanodes Associs, so narrativas ficcionais protagonizadas por dois zonards, jovens malandros, figuras velhacas margem da sociedade que se metem em uma srie de aventuras e desventuras pelo continente africano. Um protagonista delas, Keubla, a representao de um marinheiro negro tocador de bong que retorna frica, ao continente em que nasceu. Foi criado aps Jano retornar de uma viagem de 6 meses pela frica. Kebra, tradicional personagem antropomrfico de Jano em outras histrias, por outro lado, um rato roqueiro dos subrbios parisienses que acaba se encontrando com Keubla em frica. A narrativa dos dois zonards vale a pena ser avaliada pelos esteretipos que constroem em torno da etnicidade de africanos, a respeito de episdios como golpes de estado (apresentados como corriqueiros no cenrio poltico do continente) e das cores e simbologias atribudas frica. J nos Carnet d'Afrique Jano rememora sua agem pelo continente africano por meio de representaes da vida cotidiana apresentando-as em painis. Para tanto, se utiliza de painis para construir um caderno de viagem sobre costumes e paisagens de diferentes pases africanos. Para um maior aprofundamento sobre as obras selecionadas, entrecruzamos a narrativa oferecida visualmente por Jano com as reflexes oferecidas pelo filsofo congols Valentin-Yves Mudimbe sobre as vises concebidas, ao longo do tempo e do espao, sobre frica, e expressas nos livros A inveno da frica: Gnose, filosofia e a ordem do conhecimento e A ideia de frica. Os esteretipos que se apresentam nas obras como referncias sobre a frica so postos ainda em dilogo com formulaes de estudiosos das representaes sociais como o historiador francs Roger Chartier e o socilogo jamaicano Stuart Hall. Questionamos essas obras no como um mero reflexo de uma suposta realidade, mas como uma prtica que, se valendo de repertrios que circulam socialmente, constri sentidos e interpretaes para o continente africano.
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Lucas Mello Neiva (USP - Universidade de So Paulo)
fricas em quadrinhos: O Tico-Tico e A Gazetinha nos anos 1930.
Resumo:A presente pesquisa tem como objeto a representa...
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Resumo:A presente pesquisa tem como objeto a representao da frica em trs histrias em quadrinhos publicadas nos peridicos infanto-juvenis O Tico-Tico e A Gazetinha nos anos 1930: Terras Extranhas, de Oswaldo Storni, publicada entre 1936 e 1938 em O Tico-Tico; O Campeo, tambm de Storni, publicada em 1937 em O Tico-Tico; e Tom Corrigan no Serto Africano, de Sigismundo Walpeteris, publicada em 1939 em A Gazetinha. As trs histrias em quadrinhos narram a aventura de exploradores brancos na frica, enfrentando diferentes perigos, como animais selvagens, monstros e personagens negros representados conforme o esteretipo de selvagem. Em Terras Extranhas, George Spot se aventura com sua esposa Maria e seu guia Miquimba em busca de tesouros para a sua nao. Em O Campeo, dois caadores ses salvam um homem negro do ataque de uma fera selvagem, ganhando a sua lealdade. Em Tom Corrigan no Serto Africano, o protagonista se aventura em selvas africanas e salva homens negros de serem escravizados pelo bandido rabe Ali Bem Abou. A pesquisa tem trs objetivos principais: 1) analisar a forma como a ideia de frica construda nas narrativas, atentando para o papel da caracterizao visual do cenrio e dos personagens nesta construo; 2) comparar a caracterizao da frica nas histrias com materiais didticos e ldicos sobre frica e africanos publicadas nas revistas; 3) comparar representao da frica nas histrias em quadrinhos com os contedos didticos/ldicos, verificando semelhanas e particularidades. O estudo adota como referencial autores que abordam temas relacionados histria do racismo e dos quadrinhos no Brasil, como Nobu Chinen, assim como autores que discutem as especificidades das linguagens dos quadrinhos, como Daniele Barbieri e Thierry Groensteen. A pesquisa utiliza como base documental os nmeros de O Tico-Tico e A Gazetinha presentes no acervo digital da Fundao Biblioteca Nacional.
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Raynara Escala Ribeiro Torres (UFF - Universidade Federal Fluminense), Allana Helen Peixoto de Souza (UFF - Universidade Federal Fluminense)
Tema:(Des)construo das identidades negras: esteretipos e clichs sobre o continente africano na narrativa flmica Pantera Negra.
Resumo:O presente trabalho, ainda em andamento, tem como ...
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Resumo:O presente trabalho, ainda em andamento, tem como objetivo discutir alguns dos esteretipos e clichs existentes sobre o continente africano, analisando-os a partir da discusso entabulada no filme Pantera Negra, tomando como aporte os trabalhos de autores como Frantz Fanon, Valentin Mudimbe e Molife Kete Asante. Essa pelcula foi lanada em 2018, pela Disney Studios Motion Pictures e produzida pelos estdios Marvel com direo de Ryan Coogler e roteiro de Joe Robert. O contexto do filme, Pantera Negra, descreve a trajetria de T'Challa, que aps a morte de seu pai, o Rei de Wakanda, retorna dos Estados Unidos para casa, buscando ascender ao trono e ocupar o seu lugar de direito como rei. Wakanda descrito como um pas no continente africano, isolado das outras naes e tecnologicamente avanado, devido a um metal chamado vibranium. Emerge dessa trama a discusso sobre um pas avanado, quando comparado aos demais, apesar de apresentar aspectos comuns a todos, a exemplo de hierarquias sociais, etnocentrismo e tradio, dentre outros analisados entre os povos que so sditos do rei de Wakanda. Esta obra retoma as discusses sobre negritude, apresentadas por Fanon, em Pele Negra, Mscaras Brancas discorrendo sobre alteridade e a formao de identidades negras, tratando tambm sobre a opresso colonialista, mais elaborada por Mudimbe em A inveno da frica, que problematiza o conceito e os discursos colocados a respeito do que conhecemos sobre o continente africano: uma frica mitificada. Podemos acrescentar o conceito de afrocentricidade elaborado por Asante em seu artigo Afrocentricidade como crtica do paradigma hegemnico ocidental: Introduo a uma Ideia, que segue uma linha ideolgica que busca a reafirmao do sujeito africano dentro da sua prpria histria e experincias, rejeitando ento qualquer condio de marginalizao e de alteridade frequente nas expresses dos paradigmas existentes no conceito eurocntrico. Para este trabalho utilizamos reviso bibliogrfica de obras sobre Cinema e Histria, alm de trabalhos sobre o continente africano.
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Rodrigo Carrapatoso de Lima (Universidade Federal de Pernambuco)
A seleo portuguesa de futebol na Copa de 1966: multirracialidade e pluricontinentalidade.
Resumo:O presente trabalho fruto de pesquisa de doutora...
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Resumo:O presente trabalho fruto de pesquisa de doutorado ainda em curso sobre a relao entre futebol e poltica em Portugal. Com toda a sua popularidade e beneficiando da mediatizao da imprensa, o futebol pode ter sido (e esta a nossa hiptese de trabalho) instrumentalizado pelo poder poltico e utilizado como objeto de propaganda, encarado como meio de aproximao e legitimao do regime ditatorial portugus com as classes populares promovendo uma espcie de unidade e identidade nacional.
Nesta apresentao procurarei analisar o papel ideolgico que possa ter sido desempenhado pelo futebol na construo e consolidao de imaginrios nacionais em Portugal durante o Mundial de 1966.
Na Inglaterra, Portugal, que nunca havia participado de uma competio futebolstica deste nvel, ficou em terceiro lugar ao derrotar a Unio Sovitica. Este resultado desportivo teve um forte impacto internacional para este pas, tendo o governo autoritrio vigente cincia disso. Assim, a ideia de pertencimento e lealdade representao nacional expressa na sentena a equipa de todos ns. Reconhecia-se assim a obrigao moral de apoiar a equipe portuguesa de futebol.
A apropriao da excelente colocao portuguesa no mundial sediado na Inglaterra fazia parte de uma operao que pretendia dotar a populao de um sentimento de pertencimento como via imediata de identificao com o regime, pois o sucesso da seleo era tambm o sucesso do governo.
A seguir Segunda Guerra Mundial, Salazar e o Estado Novo tiveram de enfrentar uma grande adversidade para a prpria sobrevivncia do regime. O novo quadro geopoltico mundial discordante da manuteno dos imprios coloniais, pois o paradigma racial e a sua subjacente ideia de misso civilizadora europeia entram progressivamente em descrdito. Logo, no esforo de evitar alguma conotao com o colonialismo, o Estado Novo ou a designar as colnias por Provncias Ultramarinas, afirmando perante a comunidade internacional que o Ultramar era parte integrante de Portugal e que seus habitantes eram portugueses.
Em resposta s reprovaes da pretenso de perpetuao colonial, o Governo de Lisboa reelabora os seus paradigmas ideolgicos. A "nao multirracial e pluricontinental" tornam-se dogmas indiscutveis do iderio do regime.
Participar pela primeira vez de uma Copa do Mundo de Futebol era um feito especialmente relevante para uma seleo que fizera to pouco no futebol em termos internacionais. A conquista do surpreendente terceiro lugar em muito se deve a uma gerao de jogadores altamente talentosos, vrios deles provenientes dos chamados territrios ultramarinos. Assim, principalmente ao final da competio, o regime ditatorial portugus tentou fazer transparecer que aquela seleo era o resultado da convivncia harmnica e fraternal entre os territrios coloniais e a metrpole.
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Raimundo Cerqueira Santos
Voltando para casa: africanos e afro-brasileiros retornando para casa na frica
Resumo:Este trabalho, ainda em andamento, pretende analis...
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Resumo:Este trabalho, ainda em andamento, pretende analisar a trajetria e perfis de pessoas que foram negociadas da frica para o Brasil e aqui escravizadas para atuar em vrias funes. Alguns deles conseguiam, mesmo sendo escravos, trabalhar fora e ganhar dinheiro (eram conhecido na bibliografia como escravos de ganho), principalmente os trabalhadores urbanos, guardar e comprar sua alforria e com o tempo comprar agens para eles e suas famlias. No esquecendo tambm que muitos destes se tornaram proprietrios de escravos. Quando libertos alguns destes desejavam retornar para uma suposta terra natal, motivados pela perseguio das autoridades, pressionados pelas elites da poca, principalmente aps a Revolta dos Mals. Grupos de africanos e seus descendentes que participaram do movimento, ou mesmo suspeitos, foram convidados gentilmente a serem deportados de volta ao continente africano. O governo colonial criou as leis de n 9 de 13 de maio de 1835, e de n 14 de 2 de junho do mesmo ano, para dificultar a permanncia dos libertos e alforriados no pas. O governo fizera acordos com os pases da Costa Ocidental da frica, que hoje se denominam Togo, Benin, Gana e Nigria, para receberem os outrora escravizados. A maioria deles j tinham profisses aqui no Brasil, e se destacaram como excelentes profissionais e como grandes comerciantes nos pases para onde foram deportados. Formaram comunidades que at hoje so conhecidas, a exemplo dos Tabons e Aguds, dentre outras. Houve diferenas culturais entre os retornados e os nativos, uma vez que os primeiros queriam ser vistos como brasileiros e no como iorubs ou qualquer outro grupo. Trata-se de uma pesquisa, ainda em andamento, com base em reviso bibliogrfica e fontes primrias existentes no Arquivo Pblico do Estado da Bahia.
Palavras chave: Retornados; frica; Escravido; Escravos; Libertos.
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Iolanda Miranda Alves (upe)
A construo imagtica do ser negro (a) a partir de fotografias do sculo xix.
Resumo:Palvras-chave: negro, produo imagtica, constru...
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Resumo:Palvras-chave: negro, produo imagtica, construo social, afro-descendente.
Durante nossa vida escolar, o tema sobre a escravido apresentado com certa freqncia nas aulas de Histria. Ao indagar os alunos sobre a escravido eles logo fazem a relao entre escravido e a populao africana, como se todo africano fosse negro e os negros tivessem nascidos todos na condio de escravos, enquanto contrariamente o homem branco aparece na posio de superioridade como se nascido para governar.
Um fator que pode ser considerado de suma importncia na construo do inconsciente coletivo em que associa negro a escravido, est diretamente relacionado s produes imagticas, sendo de suma relevncia as referidas nos livros didticos. Fotografias de escravizados foram paulatinamente produzidas durante o sculo XIX, no intuito de construir uma imagem deturpada da populao negra, na qual se tentava imprimir a escravido e a subservincia como sendo caractersticas inatas desta populao. Presentes em fotografias a exemplo de Typos de pretos, do fotgrafo oitocentista Christiano Jnior que entre outros tornou-se importante no processo de reafirmao da ideologia da superioridade branca, utilizando a fotografia como ferramenta.
No intuito de promover maior debate acerca da relao entre a fotografia e a construo imagtica social do SER negro na sociedade brasileira, surge urgncia da promoo do debate em escolas da rede publica na cidade de Garanhuns, por esta ser centro de encontros de comunidades quilombolas, importante que alunos e docentes possam refletir sobre a relao entre a produo iconogrfica do negro (a) sculo XIX e sua relao com a imagem construda pelo senso comum da populao brasileira em que a imagem do negro (a) est sempre associada a escravido, marginalidade e ao extico, fortemente presente nos livros didticos e nos vrios veculos miditicos no Brasil.
Por meio de levantamento iconogrfico produzido no sculo XIX, disponveis em plataformas digitais possvel verificar o padro ideolgico fortemente empregado nas fotografias de Christiano Jnior, Marc Ferrez e Milito Augusto de Azevedo, e como estas tiveram papel importante na construo do imaginrio social do povo brasileiro.
O trabalho visa entender quais as conseqncias destas imagens no processo de identificao do afro-descendente e o quanto elas contribuem para disseminao do racismo.
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Virginio Vicente Mendes (ESTUDOS AFRICANOS, POVOS INDGENAS E CULTURAS NEGRAS)
Senegmbia: o territrio da atual Guin-Bissau sob controle dos lderes nativos entre o sculo XV e XIX
Resumo:Este trabalho objetiva discutir sobre o perodo an...
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Resumo:Este trabalho objetiva discutir sobre o perodo anterior ao que hoje a Guin Bissau, e para isto prope uma abordagem histrica sobre o ado da Senegmbia, sobretudo a parte que diz respeito a atual Guin-Bissau. Tambm objetiva examinar como os diversos historiadores pensaram a construo do territrio da Senegmbia (e da Guin-Bissau no seu interior) e de como este foi conformado por influncias locais, do Sahel (Mandingas e Fulas) e atlnticas (portugueses principalmente). Justifica-se por entender como diferentes historiadores, ao longo do tempo, perceberam e explicaram as relaes entre os povos autctones (Bainuk, Balanta, Biafada e Brame), algenos guerreiros, expansionistas e comerciantes (Manden e Fulas) e os agentes portugueses, holandeses e ses. A questo central compreender a formao do reino de Bassarel, discutindo os modos como os povos que viviam sob suas fronteiras teceram as regras e constituram o estado. Saliente-se que h pouca fortuna crtica sobre o reino de Bassarel, quando comparado com outra formao anloga, no caso o Reino de Kaabu. Para este trabalho foi utilizada reviso bibliogrfica, alm de entrevistas semi-estruturadas com homens e mulheres que se apresentam sob o lugar de conhecedores do ado do reino de Bassarel. Os resultados parciais mostram como a foro do territrio que hoje Guin-Bissau se deu pelo movimento dos corpos tanto de interior para exterior e vice-versa. Tambm no que diz respeito a Bassarel, percebemos que este reino era comungado por trs povos: mandjaku, papel e brame, e de como estas identidades so construdas a partir de obliqidade, poludas de negociaes tanto internas como externas, atravs do deslocamento dos seres pensantes senegambianos, expansionistas das caravanas de Manden e Fulas, no s, mas tambm os visitantes e/ou comerciantes europeus.
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ST 02 - Sesso 2 - Sala 02 - Dia 17/09/2020 das 14:00 s 18:00 6n5m3p
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Andemberg Nonato Menezes de Souza (Colgio Objetiva Ramili)
A Independncia de Angola nos noticirios baianos - 1975 e 1976
Resumo:Este trabalho procura entender as interpretaes e...
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Resumo:Este trabalho procura entender as interpretaes e os aspectos ideolgicos noticiados pela imprensa baiana em 1975, pelos peridicos A tarde e Jornal da Bahia, acerca do processo de Independncia de Angola, em sua data oficial de 11 de novembro de 1975 e ps independncia em 1976. Neste trabalho objetiva-se analisar aspectos histricos, fomentando essas informaes sob os enfoques da Histria e das Relaes Internacionais. Com a anlise crtica das narrativas dos jornais pesquisados, podem-se compreender as especificidades da emancipao poltica do pas africano associada dialeticamente crise poltica de Portugal aps a Revoluo dos Cravos (25 de abril de 1974). Em paralelo, no campo das relaes internacionais, buscou-se abordar o intervencionismo dos Estados Unidos e da Unio Sovitica em Angola, em meio a formao da poltica externa portuguesa e angolana, que se encontravam em choque nas disputas geopolticas do mundo bipolar. Alm disso, este trabalho tambm buscou o interesse econmico do governo brasileiro na frica, em plena Ditadura Civil-Militar (1964 - 1985), aplicando sua poltica externa pragmtica, resultando no primeiro pas a reconhecer a independncia de Angola. Atravs da leitura das notcias, entrevistas, matrias e textos de opinio, buscou-se observar aspectos ideolgicos e pensamentos polticos, contradies e informaes equivocadas, bem como as linhas de pensamento que nortearam as interpretaes e representaes feitas naquele ano de 1975 a respeito do processo emancipacionista de Angola. Mediante o cruzamento dessas fontes com as bibliografias, objetiva-se examinar de que forma esses elementos ideolgicos ditaram os acontecimentos sobre Angola.
Palavra-chave: Independncia de Angola; Jornais Baianos; Poltica Externa; Ideologias; Intervencionismo.
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Jos Fernando de Matos (UNEB)
O processo de paz em Angola como ponto de viragem para a reconciliao nacional: caminhos e perspectivas
Resumo:O presente artigo aborda o processo de construo ...
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Resumo:O presente artigo aborda o processo de construo da paz e de reconciliao nacional em Angola, pas que viveu 27 anos de guerra civil. Diante disso, o acordo, realizado em 2002 no Palcio dos Congressos, em Luanda, assistido pelo ex-presidente da Repblica de Angola, Jos Eduardo dos Santos, e por representantes da comunidade nacional e internacional, simbolizou o fim de um longo perodo de guerra que deixou milhares de deslocados, mutilados e rfos. Por outro lado, para os milhares de angolanos que durante todos estes anos viveram este conflito, depois de 04/04/2002 nada deveria ser como antes. Para estes a paz seguramente veio para ficar, mas para outros nem tanto. Neste aspecto, observam-se os problemas de como o desenvolvimento social e a incluso deram conta de problemas que foram vividos antes e ainda continuam persistindo entre vrias parcelas da sociedade angolana. Eis um dos grandes desafios da construo nacional, e da caminhada para um exerccio democrtico mais inclusivo. A partir da do documento, a data de 4 de abril foi instituda como feriado nacional e ou a ser, entre os angolanos, uma referncia histrica importante na luta dos povos que a integram, por marcar uma viragem decisiva no processo militar e poltico. A partir deste iderio poltico, apenas se conseguiu a paz aps a morte em combate do lder da UNITA (Unio Nacional para a Independncia Total de Angola) Jonas Manheiro Savimbi, em 22 de fevereiro de 2002, mais um o e estamos diante da pergunta: mas, afinal qual conceito que os povos angolanos dariam paz? Uma vez que, o partido no poder assume-se como o smbolo da libertao, independncia, paz democracia e desenvolvimento de Angola. Mas que democracia e desenvolvimento temos, de fato? E por que motivo o MPLA se apresenta como smbolo da democracia e do desenvolvimento? Por ser o nico partido que governa os angolanos desde a independncia? So apenas algumas questes, que devero juntar-se muitas mais dos leitores-cidados, para animarmos a discusso poltica e social que deve ser cada vez mais abrangente, crtica e de elevado sentido cvico.
Palavras Chaves: Guerra, Desenvolvimento, Paz
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Renata Dariva Costa (PUCRS)
possvel se estudar a Histria contempornea de Angola atravs de seu cinema? Um estudo de caso dos filmes Oxal Cresam Pitangas (2005/7) e Dreda ser Angolano (2006/7)
Resumo:A presente pesquisa tem como objetivo a anlise de...
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Resumo:A presente pesquisa tem como objetivo a anlise de duas obras flmicas angolanas distintas; O filme Oxal Cresam Pitangas (2005/7) do escritor angolano Ondjaki e do cineasta Kiluanje Liberdade e Dreda ser Angolano (2006/7) do Coletivo Fazuma. As obras possuem um carter diferenciado na relao de seus financiamentos e linguagens. A primeira vinculada ao IACAM (Instituto Angolano de Cinema Audiovisual e Multimdia) e ao cinema de retomada angolano (2003), instituto oficial de cinema surgido em Angola com o trmino das guerras civis em 2002. J a segunda ao cinema de poeira, dos mussekes (LEVIN, 2015), movimento iniciado na dcada de 1990 por jovens nos mussekes angolanos (regies perifricas de Angola) que com o advento e ibilidade de novas tecnologias como o computador e a internet afirmam realizar o seu prprio cinema, do qual muitos diretores relatam vir da poeira. Os filmes abordam diferentes olhares sobre questes vinculadas a angolanidade a partir da cidade de Luanda. Oxal Cresam Pitangas (2005/7) utiliza uma linguagem cinematogrfica oriunda das antigas estruturas do Laboratrio Nacional de Cinema (LNC) e Instituto Angolano de Cinema (IAC), aparelhos estatais surgidos aps a independncia de Angola em 1975, pelo MPLA (Movimento Popular de Libertao de Angola), enquanto Dreda ser Angolano (2006/7) utiliza-se de uma tecnologia sem muitos recursos financeiros, com o objetivo de vender a obra em mercados pblicos livres nas ruas de Luanda.
Para o entendimento das obras, realizamos alm da anlise flmica das mesmas, a relao cinema-histria e o cinema em Angola, que foi mobilizado aps a independncia, em 1975 por militantes do MPLA (Movimento Popular de Libertao de Angola) atravs de estruturas estatais como o Instituto Angolano de Cinema (1977-1991) e o Laboratrio Nacional de Cinema (1975-) que j vinculavam atravs das imagens em movimento a cidade de Luanda como espao da nova angolanidade e como o cinema de poeira se mobiliza nesses espaos atravs da obra Dreda ser Angolano (2006/7) contrapondo e dialogando com essas estruturas, que foram mobilizadas em Oxal Cresam Pitangas (2005/7).
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Yuri Manuel Francisco Agostinho (Instituto superior de Artes, Departamento de Artes visuais -DAV. ISART)
Os indgenas entre a expropriao e a construo do hospital indgena de luanda: fomento urbano e demolies.
Resumo:Devem ser considerados indgenas aqueles que nasce...
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Resumo:Devem ser considerados indgenas aqueles que nasceram no Ultramar de pai e de me indgenas e que no se distinguem, pela sua instruo e costumes dos outros da sua raa. O governo portugus criou condies para poder operar na diferenciao no seio dos nativos proclamando o estatuto poltico, civil e criminal dos indgenas de Angola e Moambique (estatuto do indigenato) em 1926. Consumada a proclamao deste estatuto, a discriminao racial nas colnias portuguesas foi ratificada e legitimada, logo o cidado de origem europeia, neste caso o branco era aceite como cidado e civilizado, j o negro ou o mestio tinham que solicitar e cumprir com um processo istrativo burocrtico, para possuir este estatuto. Sem estes pressupostos, o nativo estava limitado aos direitos mais elementares do homem (direitos a educao, sade, deslocao, habitao, exerccio da actividade comercial, pertena de terras, etc.).
Este trabalho faz uma incurso ao problema do tratamento dado ao "indgena" face a expropriao e a construo do hospital para os tais ditos "indgenas" no referido espao urbano bem como analisar questes ligadas ao fomento urbano, demolies, remoes e praticas de Longa durao. Para alcanar o objectivo proposto neste estudo, realizamos dois percursos: primeiramente direcionmos a nossa ateno para as diversas literaturas do stio Urbano de Luanda, com um maior enfoque para o perodo de 1940 - 1960. Em seguida fomos ao Arquivo Histrico Nacional de Angola, para procurar informaes sobre a construo do hospital para os ditos "indgenas" em Luanda. A observao participante constitui uma tcnica importante, pois facilitou a leitura do traado urbano e por outro lado, possibilitou localizar onde atualmente se encontra hospital para os ditos "indgenas" na cidade de Luanda. A nossa observao tambm abrangeu os musseques que esto prximos ao Hospital Indgena - (atualmente Hospital Amrico Boa Vida) e com o recurso do Google Earth, possibilitou analisar um quadro analtico com base em quatro elementos: musseque; espao; ocupao e bairros. E por outro lado, permitiu a obteno de alguma informao margem do foco central da investigao, porm consideradas de grande valia.
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Jlia Tain Monticeli Rocha (PUCRS - Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul)
A mulher a fora motriz da revoluo: da Organizao da Mulher Moambicana (OMM) Organizao da Mulher Angolana (OMA)
Resumo:A presente pesquisa procura analisar duas importan...
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Resumo:A presente pesquisa procura analisar duas importantes organizaes de mulheres, a Organizao da mulher angolana (OMA) e a Organizao da mulher moambicana (OMM), em torno da construo de projetos que visavam a emancipao feminina. Essas organizaes estavam vinculadas aos projetos de promoo nacional do Movimento Popular de Libertao de Angola (MPLA) e da Frente de Libertao de Moambique (FRELIMO). A representao sobre a mulher nos discursos das organizaes femininas dos pases de lngua oficial portuguesa, conscientes ou no, ainda refletem as formas com os quais concebida pressupostos sobre as mulheres. Na organizao moambicana e na angolana, ao lado de uma construo patriarcal sobre a mulher, emerge o escudo da defesa de pautas femininas, sugerindo que o feminino se reconstri dentro de sua ambivalncia resultante das condies de sua construo ideolgica e social.
Essa pesquisa, por sua vez, se insere no escopo de estudos sobre as mulheres, porm, em um espao ainda pouco explorado: a histria das mulheres do continente africano. O objetivo centra-se em apontar as fontes e influncias da representao da mulher na documentao oficial da Organizao da Mulher Moambicana e na Organizao da Mulher Angolana. Portanto, a pesquisa focaliza no tema da "libertao da mulher" utilizando como fonte histrica as publicaes oficiais, de 1961 a 1975, de ambas as organizaes femininas e que definiram suas diretrizes polticas. Analisando o desenvolvimento de projetos poltico-ideolgicos de carter revolucionrios que tornaram a situao da mulher um tema central para os movimentos de libertao de Angola e Moambique durante a luta anticolonial.
importante assumir que escrever sobre a Histria do continente africano tem suas complexidades e particularidades. Assim como, o estudo do campo da histria das mulheres em compreender as mltiplas formas de ser mulher. Especificamente neste caso, as mulheres angolanas e moambicanas so aquelas mulheres que a partir de Organizaes femininas travaram uma batalha libertadora para alm do combate contra o sistema de opresso que estavam inseridas, mas tambm contra o machismo inserido tanto no colonizador como na sociedade colonizada. Uma vez que, j traziam em seus discursos as tenses de gnero presentes nos espaos de guerrilha ainda no perodo das lutas anticoloniais e edificaram suas propostas no ps independncia.
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ST 02 - Sesso 3 - Sala 02 - Dia 18/09/2020 das 14:00 s 18:00 6s575y
Local: Sala 02
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Ana Cludia do Carmo Cedraz (APLB)
NAS TRILHAS DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO MARACUJ: o caruru, o candombl de caboclo e as identidades cambiantes.
Resumo:Resumo:
Este artigo um recorte de minha disser...
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Resumo:Resumo:
Este artigo um recorte de minha dissertao de mestrado, na qual eu apresento as memrias da comunidade quilombola do Maracuj, no municpio de Conceio do Coit-BA. Circunscreve-se pesquisa etnogrfica sobre o cotidiano dos sujeitos desta comunidade, que constri e reconstri simultaneamente, identidades cambiantes. Tomamos como foco para este estudo o caruru e o candombl de caboclo na comunidade, por considerar estas prticas marcadores da identidade cultural local. Nesta pesquisa, busquei compreender como a representao que eles tm sobre si mesmos so construdas no cotidiano familiar, na comunidade e em espaos externos ao territrio. Alm disso, busco entender as estratgias de resistncia criadas para o enfrentamento da discriminao que lhes imposta, tanto pela cor preta da pele, como pela origem territorial. Para atingir os objetivos propostos foi realizado uma discusso terica a respeito dos conceitos de religio, candombl de caboclo e identidades. Alm disso, foram feitas entrevistas semiestruturadas e o trabalho etnogrfico. A opo em delimitar a comunidade quilombola do Maracuj como lcus desta pesquisa intenciona captar as dinmicas e as experincias cotidianas vivenciadas pela populao deste territrio em diferentes momentos da histria e a forma como estes sujeitos se identificam e como so identificados pelos outros. Por meio da observao das prticas cotidianas e tambm do pouco que foi coletado sobre a prtica candomblecista, pode-se inferir que o candombl praticado pelos moradores mais velhos da comunidade e que evidentemente no deixou de fazer parte das prticas religiosas dos moradores na atualidade, o candombl de caboclo. Vale ressaltar que as prticas religiosas da comunidade quilombola do Maracuj foram evidentemente marcadas por uma srie de negociaes, trocas e incorporaes. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que se pode ver a presena de equivalncias e proximidades entre os cultos africanos e as outras religies estabelecidas no territrio, tambm tem outras particularidades que definem vrias situaes. A religio, compreendida como componente indissocivel da cultura, elemento inerente e espiritual da manifestao do indivduo, revelou as individualidades e a coletividade de um povo marcado por algo em comum; o fentipo.
Palavras-chave: Comunidade quilombola; Candombl de caboclo; Identidades.
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Cristiane Andrade Santos (Universidade do Estado da Bahia)
Representaes de frica(s) nas mdias sobre o Jar.
Resumo:O objetivo deste trabalho consiste em apresentar o...
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Resumo:O objetivo deste trabalho consiste em apresentar o Jar, religio de terreiro que se faz presente exclusivamente na regio da Chapada Diamantina, e analisar os discursos sobre as frica (s) reproduzidos pelas mdias em torno desta prtica. A Chapada Diamantina, situada geograficamente na regio central do Estado da Bahia, tem sua denominao a partir de sua formao geolgica e da extrao do diamante, atividade econmica, que no sec. XIX projetou a regio no cenrio mundial. Dotada de exuberante paisagem, a regio reconhecida contemporaneamente como um importante polo turstico nacional, atraindo milhares de visitantes pelos seus recursos naturais, rios, cachoeiras, conjunto de serras, montanhas, vales, grutas e um ecossistema plural. O turismo cultural tem se constitudo mais recentemente em um novo atrativo para a regio. Dentre as diferentes prticas e manifestaes culturais regionais, o Jar tem estado presente nas mdias como um elemento fortalecedor do turismo cultural de carter religioso. Os poucos estudos sobre o Jar apontam para o seu desenvolvimento em paralelo ao desenvolvimento da regio em torno da atividade econmica garimpeira,em meados do sc. XIX. Seus pesquisadores o descrevem como uma religio dita de matriz africana e/ou afro-indgena. Observa-se que as mdias reproduzem esse discurso, o qual tende a classificar toda e qualquer religio com determinadas caractersticas, mais notadamente as que apresentam como performance a possesso, como sendo de origem africana. Esses discursos no contribuem para o entendimento das prticas, das suas dinmicas e costumes, levando a compreenses lineares, essencializadas do fenmeno, como se fosse possvel uma manifestao cultural ter sido originada em um dado espao/e contexto, e ter sido transplantada a outro. Neste sentido, este trabalho identifica e analisa as representaes de frica presentes em alguns discursos miditicos sobre o Jar. Para este trabalho foram utilizados documentos, matrias jornalsticas e reviso bibliogrfica.
Palavras Chave: Jar; Chapada Diamantina; Religio de Terreiro; Matriz Africana; Mdia.
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Ana Regina Messias (Universidade Estadual de Feira de Santana)
UM OLHAR SOBRE MULHERES, CULTURA E TROCA DE SABERES: narrativas e discursos de frica para prticas e costumes brasileiros.
Resumo:Lagoa Grande comunidade localizada no Distrito d...
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Resumo:Lagoa Grande comunidade localizada no Distrito de Maria Quitria, em Feira de Santana (segunda maior cidade da Bahia) considerada uma comunidade quilombola; a qual no seu dia a dia lida com tenses, dinmicas, prticas e costumes que so tidos como dotados de uma identidade coerente com o perfil a ela atribudo. H conflitos, mas tambm consensos entre os indivduos que a ela pertencem, em particular quanto cultura e troca de saberes entre as diferentes geraes que ali convivem. Os conflitos dizem respeito s narrativas e discursos alusivos frica, responsveis por legitimar a comunidade como enquadrada no perfil de quilombola. Um dos eventos culturais da Lagoa Grande o Novembro negro, quando eles se encontram e recebem convidados, para chamar-lhes ateno quanto necessidade de apreenso do que ser quilombola, como consolidao da identidade de um povo. E aqui se deve observar as dinmicas, prticas, discursos e performances que se estabelecem (ou so estabelecidos!) com o propsito de aproximar ou distanciar estas pessoas de uma dada identidade que se quer quilombola, e que em tese deve reproduzir, em solo brasileiro, uma frica indistinta, homognea, que retroalimentada por discursos produzidos por militantes de movimentos sociais, ou por organizaes anlogas. O presente artigo objetiva discutir os conceitos utilizados por alguns autores para compreender quilombo, narrativas e cultura, por meio da troca de experincia entre mulheres da comunidade aqui citada, quando buscar-se- analisar conceitos para a compreenso da cultura na troca de saberes entre as mulheres quilombolas em estudo, bem como os discursos existentes nos nativos desta comunidade, como forma de entender os modos como os indivduos legitimam suas prticas. Para este trabalho foram utilizados reviso bibliogrfica, observao em pesquisa de campo e entrevistas de histria oral.
Palavras-chave: Mulheres. Quilombo. frica. Cultura. Novembro Negro.
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Sonia Regina Luciano (UEM - Universidade Estadual de Maring)
Comunidade Quilombolas Curitibinhas Turvo-Pr
Resumo:Comunidade Quilombolas Curitibinhas
Turvo-Pr
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Resumo:Comunidade Quilombolas Curitibinhas
Turvo-Pr
Sonia Regina Luciano UEM
Nas ltimas dcadas, a sociedade brasileira tem mostrado um interesse crescente por suas populaes afro-descendentes antes e depois da abolio da escravido. Tal novidade resulta, em boa medida, das presses exercidas pelo Movimento Negro e seus simpatizantes para que outros elementos de origem africana do Pas alm dos ritmos musicais, da capoeira e dos rituais do candombl, no em mais em branco. Nesse processo, um componente fundamental da herana afro-brasileira, as formas de organizao social caractersticas das chamadas terras de negros ou comunidades quilombolas, ganhou bastante visibilidade. Tais preocupaes so particularmente alvissareiras em estados como o Paran, no qual, por dcadas, a historiografia oficial dedicou-se a sustentar sem rigor o carter eminentemente europeu de sua populao. Chegou-se mesmo a negar qualquer importncia demogrfica aos negros. Por isso, o mapeamento recente de diversos grupos de quilombolas feito pelo Grupo de Trabalho Clovis Moura veio representar um golpe significativo naquela idia de povo paranaense disseminada pelos livros escolares e pelos meios de comunicao de massas. Ademais, as poucas pesquisas realizadas sugerem que no houve e no h um tipo nico de comunidade afro-descendente no Paran, o que um fator a mais para instigar os pesquisadores interessados em aprofundar o tema. Pretendendo contribuir nessa direo, iniciamos um levantamento das famlias remanescentes de quilombolas no Municpio de Turvo, no centro do Paran. Trata-se da comunidade conhecida ora como Curitibinha, ora como Campina dos Morenos.
Palavras-chave: Comunidade Quilombolas; Histria Afro-brasileira; Resgate Cultural.
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Andre de Jesus Lima (UFSB)
Dos saberes africanos religiosidade afro-brasiliera: um ensino de frica pelo Terreiro de Candombl em Eunpolis - BA
Resumo:Estudar o Candombl e suas ligaes com o continen...
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Resumo:Estudar o Candombl e suas ligaes com o continente africano falar sobre uma religio que se liga histria da frica por meio de suas prticas, seus ritos e mitos. A mitologia para os povos afro-brasileiros constitui a origem de seus ritos, sendo ento os laos ancestrais com um ado que explica as prticas do presente. Sob forma de costumes vindos de tempos imemoriais, o mito governava a Histria, encarregando‑se de justific‑la (HAMA, KI-ZERBO, 2010, p. 23). Desta forma, este trabalho pretende dialogar sobre as construes de frica perceptveis nas festividades do Terreiro Loguned, situado na cidade de Eunpolis-BA, trazendo perspectivas de sua utilizao para um ensino de histria inclusivo e antirracista com base em GOMES, 2005 e HOOKS 2013, justificado pelo atendimento s Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao das Relaes tnico-Raciais e para o Ensino de Histria e Cultura Afro-Brasileira e Africana (BRASIL, 2013). O racismo religioso atinge os espaos escolares com o silenciamento da histria e valores afro-religiosos, justamente porque os discentes no conseguem por si entender as relaes entre o Candombl e sua importncia para se conhecer sobre a histria da frica e ancestralidade africana. Nas religies que foram criadas no Brasil a partir de tais representaes ancestrais, os mitos explicam o sentido para o divino por trs dos atos sagrados de modo a entender como tais prticas constituem a materializao de um saber ancestral. Enxergar uma frica pelo Candombl, antes de tudo um olhar histrico sobre a ancestralidade dos povos negros do Brasil. Nessa busca, as relaes de laos consanguneos, comum entre terreiros e instituies afro-religiosas nascidas at o final do sculo XX do lugar s ligaes por meio das ideologias e princpios que regulam a vida e o cotidiano social de um lcus desde os tempos de outrora at os dias atuais. Assim, a ancestralidade africana forja o elo de ligao entre as prticas do presente e suas origens com os anteados por meio da oralidade, dos ensinamentos e aprendizagens pautados na prtica, bem como nos significados por trs das celebraes, que trazem em seu bojo elementos hbridos, evidenciando assim uma frica ressignificada e reconstruda como fruto de um processo de colonizao. Neste sentido, anlises a OLIVEIRA (2001), PARES (2007), LEITE (2008) e BASTIDE (1961) nos ajudam a entender o que significa a ancestralidade africana dentro das religies dos Orisas, percebendo como ela opera na construo dos diferentes Candombls do Brasil (PRANDI, 2005), a fim de compreender as construes e hibridismos de uma frica presente no Terreiro Loguned.
Palavras-Chave: Candombl, frica, Educao Antirracista
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Thiago Henrique Sampaio (Estudante de Ps-Graduao (Mestrado) UNESP/Assis)
Colonialismo, Imperialismo e Prticas Coloniais em materiais didticos: uma anlise dos livros didticos de Histria do PNLD 2020
Resumo:Anualmente as escolas pblicas brasileiras recebem...
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Resumo:Anualmente as escolas pblicas brasileiras recebem obras didticas oriundas do Programa Nacional do Livro Didtico (PNLD). A ltima avaliao realizada foi referente ao ano de 2020 quando foram avaliados livros para os ltimos anos do Ensino Fundamental. Uma das reas contempladas pelo PNLD a disciplina de Histria que contou ao todo com onze colees disponibilizadas para escolha dos professores. Nesse ltimo PNLD, as obras deveriam estar de acordo com a Base Nacional Comum Curricular proposta para cada disciplina que constitui a grade curricular dos estudantes das escolas brasileiras. O Programa Nacional do Livro Didtico fundamental para o funcionamento do ensino e aprendizagem no Brasil. Alm disso, uma das possibilidades de o aos alunos a uma obra que possam estimul-los a leitura e a curiosidade na rea educacional. Aos analisarmos as colees propostas para o PNLD 2020 sobre a temtica do Imperialismo percebemos que elas foram, de modo geral, em encontro com as habilidades elencadas na Base Nacional Comum Curricular. Diversas representaes sobre a dominao colonial no continente africano ilustram os captulos que trabalham com a temtica de Imperialismo. Alm disso, propostas de atividades, mapas, reflexes sobre revoltas e resistncias a dominao colonial peram as pginas desse material didtico. Diante disso, o presente trabalho buscou analisar os captulos que trabalharam com a temtica de Imperialismo nos livros de oitavos anos do Ensino Fundamental nas colees disponibilizadas para avaliao dos docentes, buscando entender as interpretaes de seus autores sobre esse fenmeno histrico, a abordagem conceitual empregada, panorama histrico utilizado e imagtica disponibilizada ao longo dos captulos avaliados. A partir disso, podemos levantar e questionar como a questo colonial est chegando nas escolas brasileira.
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Cinthia Nolacio de Almeida Maia (Colgio Estadual Octacilio Manoel Gomes)
Movimentos negros e a Lei 10639/2003: alguns apontamentos da luta desses movimentos em torno da educao escolar
Resumo:O presente trabalho tem como objetivo discutir alg...
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Resumo:O presente trabalho tem como objetivo discutir alguns aspectos da histria de atuao poltica dos movimentos sociais negros no Brasil contemporneo, sobretudo em torno da educao escolar, tida como campo estratgico no processo de luta dita antirracista. Essas anlises permitem inferir que a partir do final dos anos 1970, sob influncia das ideias gestadas pelo Pan-africanismo, estes movimentos sociais negros propam ressignificaes das representaes sobre os negros por meio de mudanas no ensino escolar. Este deveria ratificar novas narrativas histricas e identitrias a partir da afirmao positiva de uma negritude africanizada. Observa-se, neste aspecto, o fato de que os discursos predominantes nos movimentos sociais negros no Brasil, at os anos 1940, no pautavam o continente africano como referncia, assim como no apresentavam os aspectos hoje predominantes, a exemplo do apelo a uma origem africana, ligao com religies de terreiro ou manifestaes culturais ditas afro-brasileiras. Neste sentido, a mudana de paradigma ocorrida ao longo dos anos 1940, aliado construo de mitos forjados sob novas estratgias, indicam caminhos que permitem entender os motivos para as representaes do negro e da frica trazidas a tona pelos novos movimentos sociais negros, que se constituem como tributrios destas redefinies ocorridas ao longo dos anos 1970. O corolrio desse processo junto ao Estado brasileiro, em que uma frica e um caminho de identidade biologizada entre negro e o continente foi estabelecido, reside na criao da Lei 10639/2003, que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino da Histria e Cultura Africana e Afrobrasileira nos currculos escolares. Este trabalho, ainda andamento, se baseia na anlise documental da lei citada, nos documentos de movimentos sociais negros, entrevistas de militantes, e em reviso crtica de bibliografia especfica.
Palavras-chave: Movimento Social Negro; Lei 10.639/2003; Educao escolar; Negros.
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Lourival Luz Bomfim Filho (UNEB)
Ensino de historia e identidades
Resumo:Ensino de historia e identidades
Lourival Bomfi...
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Resumo:Ensino de historia e identidades
Lourival Bomfim
Resumo: O presente artigo, ainda em andamento, tem por objetivo refletir sobre a contribuio do componente curricular Historia, na formao da identidade do aluno do ensino mdio da rede privada no Municpio de Itaberaba. Entende-se que o percurso para a construo da conscincia histrica permite ao discente compreender sua localizao no contexto das diversas realidades a que pertence, preparando para responder as suas possveis mutaes e consolidando, desta forma, as suas mltiplas identidades. Ressalta-se que a Histria, enquanto rea de conhecimento, a nica que propicia o reconhecimento do indivduo com a histria dos povos e da espcie humana em seus diferentes contextos e espaos. a histria que permite aos jovens de Itaberaba se reconhecerem seja na Mesopotmia, Egito ou Imprio do Mal. Alm disso entende-se que as identidades so construdas em permanente dilogos entre as memrias, praticas e dinmicas culturais (patrimnio intangvel),corroborando para a hiptese que a histria, enquanto disciplina da matriz curricular da educao bsica, contribui para a constituio das identidades dos jovens, das noes de cidadania destes. Interessa, para este trabalho, compreender como o conhecimento da Histria permite a compreenso de problemas atuais e influncia em suas resolues. Pretende-se ainda, dispor desta pesquisa como bases para compreenso do percurso metodolgico a ser aplicado na pesquisa. Para este trabalho, foram utilizadas observaes das aulas de Histria nas escolas da rede privada, com intuito de compreender as performances de docentes e discentes, Alm de reviso bibliogrfica de tema alusivos ao ensino de Histria, bem como de contedos alusivos ao continente africano, bem como entrevistas com docentes da rea de Histria da rede de ensino supracitadas.
Palavras chave: Ensino de Histria; Conscincia Histrica ; Identidade; Itaberaba
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Brisa Santana Pires
Entre o que h e existe, e o que se v e se l: descomos e descaminhos entre as identidades camacaenses e os livros didticos de Histria usados na rede municipal de ensino de Camac
Resumo:Camac, cidade com mais de trinta mil habitantes, ...
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Resumo:Camac, cidade com mais de trinta mil habitantes, dista em torno de 397 km da capital baiana, e se localiza na regio sul do estado. Sua fundao remonta aos antigos aldeamentos a que os diferentes povos originrios foram objeto, notadamente a partir das polticas de reduo e supostas integraes civilizatrias. Logo, notadamente por suas narrativas de origem, como tambm por haver significativo nmero de homens e mulheres que se reconhecem como ndios, Camac uma cidade com forte identidade indgena. H significativo nmero de prticas e costumes que podem, na acepo da Educao Patrimonial, serem consideradas como parte do imenso patrimnio imaterial dos povos originrios que ainda existem (e resistem!) no estado da Bahia. Sua rede de escolas que atende ao ensino fundamental II tem como base livros didticos que, via de regra, tomam como pressupostos realidades e contextos que no so vividos localmente, produzindo discrepncias entre o que se v e se l, com o que se vive. Alm disso, os referidos livros corroboram por produzir e/ou retroalimentar imagens e textos que promovem o estranhamento e no reconhecimento destes jovens com os povos originrios (ditos indgenas), negros e africanos. Este trabalho, ainda em andamento, objetiva discutir estes livros, sob a luz das leis 11.645, de 10 de maro de 2008, cotejando-a com as imagens e textos referidos acima, nos livros didticos utilizados na rede municipal de ensino do municpio de Camac. Tem-se como ldimo, para esta discusso, o entendimento acerca da excepcional importncia do trabalho conjugado entre a Educao Patrimonial e a Histria como fundamentais para restabelecer imagens e representaes mais prximas entre objeto e representao propriamente dita. Este trabalho se apoia em reviso bibliogrfica com temas especficos, bem como a anlise dos livros didticos utilizados na rede municipal de ensino da cidade de Camac.
Palavras chave: Livros didticos; Patrimnio e Identidade; Camac.
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